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05/07/2002 - 10h12

Roberto Carlos e Caetano pedem veto à lei de numeração a FHC

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MÔNICA BERGAMO
colunista da Folha

Uma lista de quase 30 autores e músicos, encabeçada por músicos como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Angélica, Zezé di Camargo, Sandy & Júnior; pela apresentadora Hebe Camargo; e pelos escritores João Ubaldo Ribeiro, Carlos Heitor Cony e Fernando Sabino, será encaminhada ao presidente Fernando Henrique defendendo o veto à lei que exige que livros e CDs sejam numerados antes de chegarem às lojas.

O abaixo-assinado foi organizado por Luiz Oscar Niemeyer, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Discos, que congrega as gravadoras, e por Paulo Rocco, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros. O movimento significa reviravolta na discussão da lei, da deputada Tânia Soares (PC do B-SE).

Quando o projeto foi discutido na Câmara dos Deputados, teve apoio dos cantores Lobão e Beth Carvalho, que diziam falar em nome de parte dos artistas que agora combatem a idéia. Caetano e Gil, por exemplo, haviam autorizado Lobão a colocar seus nomes no documento de apoio ao projeto, divulgado como moralizador das relações entre gravadoras e editoras e os artistas.

Segundo a Folha apurou, eles não sabiam que a lei exigiria a assinatura dos autores de livros e discos em cada exemplar -procedimento considerado inviável.

Outro motivo foram as acusações feitas por Lobão e pela deputada Tânia Soares às gravadoras e editoras. A parlamentar escreveu, na justificativa do projeto, que quantidades de livros e discos eram lançadas em número diferente do combinado com os artistas, "numa rotina de fraudes".

Ao conhecer a lei, Flora Gil, mulher de Gilberto Gil, chegou a declarar que o cantor e Caetano não apoiavam "as loucuras que o Lobão anda falando por aí".

Na carta que devem enviar a FHC, Niemeyer e Rocco dizem que o projeto, "é impraticável e inócuo para os fins a que se destina". E rogam pelo veto.

O cantor Lobão diz que o apoio dos artistas ao veto é "um racha muito localizado". "Essa história de ficar batendo na tecla de que terão que assinar disco por disco é idiotice, chacota. É como imaginar que o presidente americano assine cada cédula de dólar". Segundo ele, os que antes apoiavam a lei e agora pedem seu veto são "signatários-gilete. Todo mundo sabe qual é o método de cooptação das gravadoras e editoras".

Colaboraram Cleo Guimarães e Silvana Arantes, da Folha de S. Paulo
 

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