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08/07/2002
-
13h27
FERNANDO CAMINATI
enviado especial a Mariana
A missa celebrada na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto (MG), lembrou a realização do primeiro Festival Cultural de Minas Gerais, em 1955; uma apresentação de "O Barbeiro de Sevilha", com a Orquestra Sinfônica do Uni-BH (Centro Universitário de Belo Horizonte) marcou o primeiro evento da edição 2002; mas foi a música pernambucana que esquentou a primeira noite do Festival de Inverno de Mariana e Ouro Preto.
Mesmo com muito frio e ventos cortantes na praça da rodoviária de Mariana, cerca de 5.000 pessoas aguardaram durante uma hora e meia o show do Cordel do Fogo Encantado, a primeira grande atração do Festival de Inverno, na madrugada de ontem.
Com a interpretação quase teatral de seu vocalista e letrista, Lirinha, o grupo que canta inspirado na literatura de cordel nordestina e mistura os ritmos folclóricos de seu Estado, apesar de pernambucano é mesmo a atração mais indicada para abrir um festival tão diverso e multidisciplinar como o de Mariana, berço de Minas Gerais e primeira capital do Estado.
Com apenas um violão e três percussionistas o Cordel do Fogo Encantado mistura os ritmos nativos de seu Pernambuco -toré indígena, samba de coco, reisado, embolada e maracatu- com os temas e a musicalidade dos cordéis -uma forma de comunicação e arte tão próprias do sertão nordestino.
Os cordéis dão o tom da festa -"Ai Se Sesse", de Zé da Luz e "Cordel Estradeiro" são os melhores-, recitados algumas vezes acompanhados pelos batuques, outras vezes apenas por uma chama. Lirinha encarna cada história e envolve a todos no clima sertanejo.
Depois da espera, regada a choconhaque (chocolate quente misturado com uma dose de conhaque), que as barraquinhas montadas ao redor da rodoviária vendiam a R$ 1, o público foi aquecido com a apresentação intensa e apaixonada que o quinteto de Arcoverde (260 km de Recife) fez.
Intercalando músicas de seu primeiro disco (homônimo, de 2000, produzido por Naná Vasconcelos), como as já tradicionais "Boi Luzeiro" e "Chover", com algumas das faixas que deverão entrar no álbum previsto para outubro, como a inteligente "Palhaço do Circo sem Futuro", o grupo fez uma apresentação empolgante.
Numa roda no meio do público, malabaristas e pirofagistas deram um show à parte e com tochas ajudaram a diminuir o frio das geladas montanhas de Minas Gerais.
O jornalista Fernando Caminati viajou a convite da CVC, da Vasp e da Secretaria de Turismo de Minas Gerais
Programação:
Mariana
Leia mais notícias sobre inverno
Cordel do Fogo Encantando esquenta Festival de Mariana (MG)
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enviado especial a Mariana
A missa celebrada na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto (MG), lembrou a realização do primeiro Festival Cultural de Minas Gerais, em 1955; uma apresentação de "O Barbeiro de Sevilha", com a Orquestra Sinfônica do Uni-BH (Centro Universitário de Belo Horizonte) marcou o primeiro evento da edição 2002; mas foi a música pernambucana que esquentou a primeira noite do Festival de Inverno de Mariana e Ouro Preto.
Mesmo com muito frio e ventos cortantes na praça da rodoviária de Mariana, cerca de 5.000 pessoas aguardaram durante uma hora e meia o show do Cordel do Fogo Encantado, a primeira grande atração do Festival de Inverno, na madrugada de ontem.
Com a interpretação quase teatral de seu vocalista e letrista, Lirinha, o grupo que canta inspirado na literatura de cordel nordestina e mistura os ritmos folclóricos de seu Estado, apesar de pernambucano é mesmo a atração mais indicada para abrir um festival tão diverso e multidisciplinar como o de Mariana, berço de Minas Gerais e primeira capital do Estado.
Com apenas um violão e três percussionistas o Cordel do Fogo Encantado mistura os ritmos nativos de seu Pernambuco -toré indígena, samba de coco, reisado, embolada e maracatu- com os temas e a musicalidade dos cordéis -uma forma de comunicação e arte tão próprias do sertão nordestino.
Os cordéis dão o tom da festa -"Ai Se Sesse", de Zé da Luz e "Cordel Estradeiro" são os melhores-, recitados algumas vezes acompanhados pelos batuques, outras vezes apenas por uma chama. Lirinha encarna cada história e envolve a todos no clima sertanejo.
Depois da espera, regada a choconhaque (chocolate quente misturado com uma dose de conhaque), que as barraquinhas montadas ao redor da rodoviária vendiam a R$ 1, o público foi aquecido com a apresentação intensa e apaixonada que o quinteto de Arcoverde (260 km de Recife) fez.
Intercalando músicas de seu primeiro disco (homônimo, de 2000, produzido por Naná Vasconcelos), como as já tradicionais "Boi Luzeiro" e "Chover", com algumas das faixas que deverão entrar no álbum previsto para outubro, como a inteligente "Palhaço do Circo sem Futuro", o grupo fez uma apresentação empolgante.
Numa roda no meio do público, malabaristas e pirofagistas deram um show à parte e com tochas ajudaram a diminuir o frio das geladas montanhas de Minas Gerais.
O jornalista Fernando Caminati viajou a convite da CVC, da Vasp e da Secretaria de Turismo de Minas Gerais
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