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10/07/2002
-
02h43
da Folha de S.Paulo
As rádios brasileiras, pelo menos as mais espertas, aderiram à filosofia do "se ficar, o bicho pega". Preocupadas com a crise publicitária e tentando se preparar para a entrada do capital estrangeiro, AMs e FMs devem transformar a concorrência em uma espécie de luta armada.
Em São Paulo, quatro grandes emissoras assinaram um serviço lançado este mês no mercado, o MediaSpot. Trata-se de programa de computador que registra, 24 horas por dia, todos os anúncios e promoções que vão ao ar no dial.
Assim, uma estação pode descobrir todas as estratégias comerciais de suas maiores concorrentes. E, principalmente, passar a bater na porta dos anunciantes alheios para tentar angariá-los.
O MediaSpot _que irá monitorar as campanhas publicitárias em 150 emissoras de AM e FM de todo o país_ também será uma arma valiosa em outro processo atual, muito forte no rádio: a formação de redes nacionais.
Ficará mais fácil detectar as estações regionais que reúnem os melhores anunciantes, ou seja, as mais atraentes para se tornarem afiliadas ou retransmissoras.
Outra utilização importante: agências de publicidade poderão checar se os anúncios pelos quais pagou estão realmente sendo veiculados. Afinal, tem muito anunciante que paga por espaço no rádio e nunca consegue ver -ou melhor, ouvir- sua propaganda.
Mais uma vez, o eterno problema das rádios piratas de Minas Gerais estará em debate.
No 6º Congresso Mineiro de Radiodifusão, que acontece nesta semana em Belo Horizonte, o setor discutirá estratégias para lidar com as 20 mil estações clandestinas que existem no Estado, segundo João Bosco Torres, presidente da Amirt (Associação Mineira de Rádio e Televisão).
O tema será discutido amanhã, com a participação de representantes do Ministério das Comunicações, da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), da Polícia Federal, da PM mineira, dos ministérios públicos estadual e federal e da Justiça Federal.
O que se espera é uma espécie de acareação, já que, quando o assunto é rádio pirata, cada órgão costuma jogar a bomba no colo do outro. E isso nem é um "privilégio" de Minas Gerais.
Entrada do capital estrangeiro, digitalização, formação de redes, crise do mercado publicitário, programação e regras para a cobertura eleitoral também estão em discussão no congresso. Heródoto Barbeiro, da rádio CBN, está entre os debatedores.
Concorrência no rádio vira luta armada
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As rádios brasileiras, pelo menos as mais espertas, aderiram à filosofia do "se ficar, o bicho pega". Preocupadas com a crise publicitária e tentando se preparar para a entrada do capital estrangeiro, AMs e FMs devem transformar a concorrência em uma espécie de luta armada.
Em São Paulo, quatro grandes emissoras assinaram um serviço lançado este mês no mercado, o MediaSpot. Trata-se de programa de computador que registra, 24 horas por dia, todos os anúncios e promoções que vão ao ar no dial.
Assim, uma estação pode descobrir todas as estratégias comerciais de suas maiores concorrentes. E, principalmente, passar a bater na porta dos anunciantes alheios para tentar angariá-los.
O MediaSpot _que irá monitorar as campanhas publicitárias em 150 emissoras de AM e FM de todo o país_ também será uma arma valiosa em outro processo atual, muito forte no rádio: a formação de redes nacionais.
Ficará mais fácil detectar as estações regionais que reúnem os melhores anunciantes, ou seja, as mais atraentes para se tornarem afiliadas ou retransmissoras.
Outra utilização importante: agências de publicidade poderão checar se os anúncios pelos quais pagou estão realmente sendo veiculados. Afinal, tem muito anunciante que paga por espaço no rádio e nunca consegue ver -ou melhor, ouvir- sua propaganda.
Mais uma vez, o eterno problema das rádios piratas de Minas Gerais estará em debate.
No 6º Congresso Mineiro de Radiodifusão, que acontece nesta semana em Belo Horizonte, o setor discutirá estratégias para lidar com as 20 mil estações clandestinas que existem no Estado, segundo João Bosco Torres, presidente da Amirt (Associação Mineira de Rádio e Televisão).
O tema será discutido amanhã, com a participação de representantes do Ministério das Comunicações, da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), da Polícia Federal, da PM mineira, dos ministérios públicos estadual e federal e da Justiça Federal.
O que se espera é uma espécie de acareação, já que, quando o assunto é rádio pirata, cada órgão costuma jogar a bomba no colo do outro. E isso nem é um "privilégio" de Minas Gerais.
Entrada do capital estrangeiro, digitalização, formação de redes, crise do mercado publicitário, programação e regras para a cobertura eleitoral também estão em discussão no congresso. Heródoto Barbeiro, da rádio CBN, está entre os debatedores.
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