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12/07/2002 - 04h28

Go Rock quer transformar Goiânia em centro musical alternativo

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ADRIANA CHAVES
da Agência Folha

Dois meses após o bem-sucedido Bananada 2002, Goiânia volta a sediar um festival de rock e tenta se firmar como novo celeiro de bandas alternativas. Em sua segunda edição, o Go Rock, que acontece este fim de semana, inova ao abrir espaço para bandas de fora do circuito goiano.
Apenas seis grupos, todos de Goiânia, participaram do 1º Go Rock, há dois anos. Mesmo priorizando a cena local, desta vez foram selecionados nomes como Forgotten Boys (SP), Rumbora e Phonopop (DF), além do sueco Backyard Babies.

Para fechar a lista de 14 bandas, dez representantes do rock "made in Goiás". O festival foi organizado por representantes de bandas _Fabrício Nobre (MQN), Dante (Gueto), Fabiano Olinto (Casa Bizantina)_ e pela coordenadora de Ação Cultural da Secretaria Estadual da Educação, Leslie Carvalho.

"Fizemos uma espécie de parceria e vamos tirar de Goiânia o estereótipo de capital sertaneja. Temos várias bandas estruturadas por aqui, que estão há bastante tempo na cena local. O Go Rock é só um movimento para estimulá-las a trabalhar a música independente com mais qualidade", diz Fabiano Olinto, 30.

Vocalista e guitarrista do Casa Bizantina, Olinto disse que a qualidade das bandas da região se deve ao profissionalismo.

"Nossa banda existe há oito anos. Gostamos de riffs, funk e música brasileira. Fazemos um trabalho conceitual e letras com sentido social."

Regionais
Na ativa desde 94, o Mechanics, mesmo não sendo escalado para este Go Rock, é outro exemplo de grupo que frequentemente está nos shows regionais. Para o vocalista, Márcio Júnior, 29, que também trabalha como produtor, há uma cena indie efervescente em Goiânia.

"A gente sempre acreditou que não precisa rezar pela cartilha das grandes gravadoras. No centro do país também se produz e se consome rock", disse Márcio.

Segundo Fabrício Nobre, 23, o objetivo do Go Rock é valorizar as bandas locais.

"No primeiro ano do festival, em 2000, só tocaram bandas com história estabelecida em Goiânia. Ampliamos dessa vez para gerar um intercâmbio maior e aumentar a repercussão."

À frente do selo alternativo Monstro Discos, Nobre e outros três sócios _Léo Bigode, Leonardo Razuk e Márcio Júnior_ coordenam dois festivais: o Goiânia Noise Festival, que em outubro chega à sua oitava versão, e o Bananada, cuja quarta edição aconteceu em maio.

Juntos, os eventos ainda abriram espaço para as bandas norte-americanas Nebula, Watts, Trans Am e Man or Astro-Man?.

Há quatro anos, o Monstro Discos também edita os sons de garagem da região em CD e em inusitados compactos de vinil.

Apesar da tiragem baixa, as "bolachas" coloridas de apenas sete polegadas ajudam a abastecer o mercado de colecionadores do produto.

Lançando moda
O quinteto Hang the Superstars sobe ao palco do Go Rock neste domingo abusando de gravatas e sapatos italianos, com duas backing vocals estilosas. Segundo o guitarrista e vocalista Maurício Mota, "uma pretensiosa mistura de Cramps, Motorhead e B-52".

A inspiração também vem de bandas que se notabilizaram nos festivais anteriores, como Momento 68 (SP), Faichecleres (PR), Bidê ou Balde e Cachorro Grande (RS), pelo estilo de roupa.

Além dos brechós, uma boa alternativa para fãs do visual inspirado sobretudo no som dos anos 60, 70 e no movimento new age são as peças encomendadas.

Em Goiânia, as costureiras cobram entre R$ 20 e R$ 40 por uma calça boca-de-sino.

Um vestidinho anos 60 fica em torno de R$ 35 e R$ 60. Uma blusa pode custar de R$ 15 a R$ 35.
 

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