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14/07/2002 - 03h17

"Nunca me senti na "geladeira", diz apresentadora Babi

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RODRIGO DIONISIO
da Folha de S.Paulo

"Ilha da Sedução", próximo "reality show" do SBT, com estréia marcada para 1º de agosto, testará quatro casais. Os maridos conviverão com 13 solteiras, e as mulheres, com 13 solteiros.

A intenção é descobrir quem resistirá e quais duplas continuarão juntas. A apresentadora do programa é Anna Bárbara Xavier, 27, a Babi. Fora do ar desde dezembro passado, quando o "Programa Livre" deixou de existir, ela falou ao TV Folha sobre "Ilha", sua relação com o SBT e seu tempo de "geladeira".

Folha - Como foi a produção de "Ilha da Sedução"? Você também ficou confinada na ilha, tinha contato com os casais e com os solteiros fora das gravações?

Babi - A realização desse programa contou com o trabalho em conjunto de quatro empresas: Fox, SBT, Promofilm e Total Entertainment. Todos se comunicavam numa fusão curiosa de inglês, português e espanhol. Eu embarquei para a ilha no dia 13 de maio e saí de lá no dia 2 de junho.

Gravamos tudo em dois resorts, um em cada lado da ilha, em que namoradas e solteiros e namorados e solteiras estavam hospedados. Eu não me hospedei com eles. Fiquei num terceiro resort, no meio do trajeto, entre um e outro. Só tive contato com os participantes enquanto gravava.

Esse é um programa em que a produção não convive com os participantes nem interfere no curso dos acontecimentos, portanto minha atuação foi intermediar as conversas, promover a comunicação com o telespectador.

Folha - Você sentiu alguma diferença em relação à produção de "Ilha" e de outros programas dos quais você participou, na MTV e no SBT?

Babi - Sim. Existem diferenças nos métodos de gravação. Metade da equipe era argentina, com pessoas com experiência em "reality shows" como o "Survivor". Muitos brasileiros da equipe técnica estavam trabalhando num "reality" pela primeira vez, mas não deixaram nada a dever para os argentinos.

Cada emissora de TV tem a sua linguagem, e a linguagem do programa eu já conhecia, pois esse é um projeto que corre o mundo e é produzido em vários países.

Meu equilíbrio emocional foi fundamental para jamais influenciar ninguém. Apresentar esse "reality" foi uma experiência única: não havia premiação, competições, nem vencedores. Não era um jogo, e as pessoas estavam ali por decisão própria, fazendo suas escolhas e testando limites do seu relacionamento.

Folha - Você teve de assistir a "Temptation Island" antes de fazer o programa? Quais as principais diferenças entre o original e a versão brasileira?

Babi - Assisti às fitas do programa americano, principalmente para ter uma idéia do que esperavam de mim. Claro que o trabalho do apresentador americano, Mark Walberg, homônimo do ator de cinema, me serviu de referência. Ser mulher foi uma vantagem. As mulheres são sempre muito atentas aos detalhes.

Tenho, também, consciência das diferenças culturais quando o assunto é amor e relacionamento.

O brasileiro tem um jeito de demonstrar os seus afetos e desafetos muito mais explosivo, passional. O telespectador brasileiro vai se colocar, mesmo, no lugar de cada participante, vai sentir na pele cada dúvida, cada emoção. E o melhor: sem legendas.

Folha - O formato "reality show", de programas como "Big Brother" e "Casa dos Artistas", agrada a você?

Gosto de tudo que acompanha as nuances e as mudanças de comportamento. Num primeiro momento, não acho grave que as pessoas queiram se experimentar em condições diferentes de convívio e, por consequência, viver seus 15 ou mais minutos de fama. Andy Warhol previu isso.

Folha - Como você analisa o final do "Programa Livre"? Há uma intenção sua ou da emissora de voltar a fazer algo para jovens?

Babi - O "Programa Livre" foi uma maravilhosa oportunidade para que eu aprendesse sobre mim mesma e sobre o que é ser uma apresentadora. Isso eu agradeço ao Silvio Santos, que um dia viu o meu trabalho e se dispôs a apostar em mim. Para mim, o final desse trabalho significa o início de novos e diferentes desafios.

Folha - Há quem afirme que quem sai da MTV só consegue se dar bem se fizer algo completamente diferente daquilo que fazia no canal musical. Você acredita nisso?

Babi - Na verdade, eu não penso nisso. Um ano de trabalho na MTV, que eu amei, foi um início do meu foco direto no jovem, mas não determina a profissional que eu sou. Ter trabalhado em "Ilha" só ampliou meu gosto por questões comportamentais. Não penso em me desvincular de nenhum trabalho que fiz.

Folha - Em algum momento você se sentiu na "geladeira" do SBT? Passou pela sua cabeça a possibilidade de deixar a emissora enquanto esteve fora do ar?

Babi - Pelo relacionamento que tenho com a empresa, nunca me senti na tal da "geladeira". Uma coisa que gosto de deixar clara é que sigo todas as orientações do Silvio sem pestanejar, e ele dá espaço para as minhas idéias, minhas opiniões.

Sempre houve muito respeito na minha relação profissional com o SBT e no meu contrato, que ainda correrá por um ano e meio, até o fim de 2003.

Eu não penso hoje em mudanças, mas em cumprir o meu contrato da melhor forma, trabalhando o meu melhor na emissora que me contratou e que, portanto, quer que eu cresça.


 

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