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16/07/2002
-
02h35
ERIKA PALOMINO
colunista da Folha
JACKSON ARAUJO
free-lance para a Folha
Começa a edição de verão 2003 da São Paulo Fashion Week, no prédio da Fundação Bienal. E com o pé direito. Um ótimo desfile do mineiro Ronaldo Fraga introduziu uma moda romântica, suave e colorida. O tema é o amor de um presidiário, apresentado ao som de canções religiosas interpretadas por Fernanda Takai.
As formas são fluidas, soltas, e Fraga prossegue em seu caminho de se exercitar num folk bem brasileiro, como no adorável look rosa e verde de frente cruzada. Sua participação tem tudo a ver com a história de uma moda brasileira, feita por estilistas nascidos no Brasil. Sua roupa tem esse DNA.
Fraga está mais palpável, o que aconteceu na hora certa. "É o sonho de caracterizar o tempo das rebeliões, quando mulheres ficavam do lado de fora gritando por algum sinal do amado. Essa coleção é uma tentativa de aplicar um olhar lírico sobre o território árido da vida das pessoas que esperam alguém", disse após o desfile.
Jum Nakao fez uma coleção chamada Future Kitsch (em que deixa de lado o japonismo black e sisudo de todos os tempos) e foi muito celebrado em sua estréia no evento. O tema é tecnologia versus tempo, e ele cria um estilo que seria um cyber retrô ou retrô cyber. As formas vêm fluidas, lá do baú dos anos 20 e 30, em calças masculinas, vestidões soltos, saias plissadas, tendências da estação. Todo mundo gostou também da trilha sonora ao vivo, que misturava big band e tecno.
No primeiro desfile masculino do dia, o de Alexandre Herchcovitch, ao som de rock, homens de chapéus e suspensórios criaram imagens marcantes, com meninos de maquiagem borrada no olho. As melhores imagens são as dos moletons esportivos com o uso desse suspensório, que passa por dentro da peça. Duas modelos femininas dinamizaram a apresentação.
Depois, na Ellus masculina, uma coleção bem sensual e bem masculina levantou o ânimo do público, no primeiro grande desfile da noite, com muitos artistas na primeira fila, habitual da marca. O clima do filme "Perdidos na Noite" trouxe um cenário de meninos fumando sob a ponte, ao som de David Bowie e electro.
Os sempre corretos jeans da grife marcaram pontos também, em quadrados de diferentes lavagens e proporções. O clima é sempre informal para traduzir diferentes personagens da Ellus, piratas urbanos que passeiam pela meia-noite sobre uma passarela ao nível do chão reproduzindo uma calçadona. Regatas de tela desnudam os meninos, em boas bermudas e t-shirts bordadas de paetê.
O dia, entretanto, tinha como principal expectativa a participação da modelo Gisele Bündchen no desfile da Cia. Marítima, que teve na primeira fila a prefeita Marta Suplicy.
Gisele fez quatro entradas na passarela e foi super aplaudida, mas mal esboçou um sorriso ao desfilar. Como se respondesse aos comentários do último verão, de que quis evitar biquínis e mostrar muito o bumbum, desta vez ela não hesitou em fazer muita pose de costas para os fotógrafos -mas para andar adotou sempre sainhas de babados. Esteve sempre linda e não decepcionou o público com seu corpo perfeito.
O estilista de moda masculina Ricardo Almeida encerrou o primeiro dia, com um dos melhores desfiles de sua trajetória. O look é cool, descolado, urbano. A principal forma é a da calça afunilada, que aparece em todas as variações, incluindo a jeans.
A SPFW prossegue até sábado.
Leia mais notícias sobre a SP Fashion Week
Amor e tecnologia abrem São Paulo Fashion Week
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colunista da Folha
JACKSON ARAUJO
free-lance para a Folha
Começa a edição de verão 2003 da São Paulo Fashion Week, no prédio da Fundação Bienal. E com o pé direito. Um ótimo desfile do mineiro Ronaldo Fraga introduziu uma moda romântica, suave e colorida. O tema é o amor de um presidiário, apresentado ao som de canções religiosas interpretadas por Fernanda Takai.
As formas são fluidas, soltas, e Fraga prossegue em seu caminho de se exercitar num folk bem brasileiro, como no adorável look rosa e verde de frente cruzada. Sua participação tem tudo a ver com a história de uma moda brasileira, feita por estilistas nascidos no Brasil. Sua roupa tem esse DNA.
Fraga está mais palpável, o que aconteceu na hora certa. "É o sonho de caracterizar o tempo das rebeliões, quando mulheres ficavam do lado de fora gritando por algum sinal do amado. Essa coleção é uma tentativa de aplicar um olhar lírico sobre o território árido da vida das pessoas que esperam alguém", disse após o desfile.
Jum Nakao fez uma coleção chamada Future Kitsch (em que deixa de lado o japonismo black e sisudo de todos os tempos) e foi muito celebrado em sua estréia no evento. O tema é tecnologia versus tempo, e ele cria um estilo que seria um cyber retrô ou retrô cyber. As formas vêm fluidas, lá do baú dos anos 20 e 30, em calças masculinas, vestidões soltos, saias plissadas, tendências da estação. Todo mundo gostou também da trilha sonora ao vivo, que misturava big band e tecno.
No primeiro desfile masculino do dia, o de Alexandre Herchcovitch, ao som de rock, homens de chapéus e suspensórios criaram imagens marcantes, com meninos de maquiagem borrada no olho. As melhores imagens são as dos moletons esportivos com o uso desse suspensório, que passa por dentro da peça. Duas modelos femininas dinamizaram a apresentação.
Depois, na Ellus masculina, uma coleção bem sensual e bem masculina levantou o ânimo do público, no primeiro grande desfile da noite, com muitos artistas na primeira fila, habitual da marca. O clima do filme "Perdidos na Noite" trouxe um cenário de meninos fumando sob a ponte, ao som de David Bowie e electro.
Os sempre corretos jeans da grife marcaram pontos também, em quadrados de diferentes lavagens e proporções. O clima é sempre informal para traduzir diferentes personagens da Ellus, piratas urbanos que passeiam pela meia-noite sobre uma passarela ao nível do chão reproduzindo uma calçadona. Regatas de tela desnudam os meninos, em boas bermudas e t-shirts bordadas de paetê.
O dia, entretanto, tinha como principal expectativa a participação da modelo Gisele Bündchen no desfile da Cia. Marítima, que teve na primeira fila a prefeita Marta Suplicy.
Gisele fez quatro entradas na passarela e foi super aplaudida, mas mal esboçou um sorriso ao desfilar. Como se respondesse aos comentários do último verão, de que quis evitar biquínis e mostrar muito o bumbum, desta vez ela não hesitou em fazer muita pose de costas para os fotógrafos -mas para andar adotou sempre sainhas de babados. Esteve sempre linda e não decepcionou o público com seu corpo perfeito.
O estilista de moda masculina Ricardo Almeida encerrou o primeiro dia, com um dos melhores desfiles de sua trajetória. O look é cool, descolado, urbano. A principal forma é a da calça afunilada, que aparece em todas as variações, incluindo a jeans.
A SPFW prossegue até sábado.
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