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22/07/2002 - 12h00

Dominguinhos improvisa em concerto ousado de erudito e popular

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da Folha Online

De improviso, o cantor e compositor nordestino Dominguinhos fez, ao lado da Orquestra Sinfônica Jovem Tom Jobim, um concerto ousado que misturou a música erudita à popular no domingo em Campos do Jordão, no interior de São Paulo.

O espetáculo foi aplaudido várias vezes de pé por uma platéia que lotou o auditório Claudio Santoro, onde acontece o 33º Festival de Inverno de Campos do Jordão. Havia sido programado um concerto com oito músicas, que se prolongou mais.

Regida pelo maestro Roberto Sion, a Orquestra Sinfônica Jovem Tom Jobim é formada por 43 músicos dos 14 aos 24 anos. Foi lançada no ano passado, no próprio festival, mas já dá passos de gente grande.

Sion ousou e promete continuar no mesmo caminho. No ano passado, a então estreante orquestra tocou com Elza Soares. "É um grande exercício de liberdade e responsabilidade, algo que nós precisamos e podemos praticar com a música", disse o maestro, logo após a apresentação.

Sion foi o responsável pelos novos arranjos dados às canções populares de Dominguinhos, todas sucessos conhecidos de todo o público brasileiro. "Tentei buscar uma linguagem que não fosse fútil, mas que desse o devido valor à música de Dominguinhos, que eu aprecio muito", afirmou o músico.

Pode soar estranho xote, forró e baião numa noite de música erudita. Sim, lá estava o famoso trio -sanfona, zabumba e triângulo-, produzindo sons em perfeita harmonia com violinos, celos e flautas da orquestra.

O concerto começou com três peças da Sinfônica Jovem Tom Jobim, um corpo estável da ULM (Universidade Livre de Música) do governo do Estado. Quando Dominguinhos entrou no palco, tocou "Princesinha do Choro", puxou "Abri a Porta" e, depois, um belíssimo arranjo para "Lamento Sertanejo".

"Vamo simbora!", pediu Dominguinhos, que quebrou o roteiro da noite logo em seguida solicitando ao maestro que tocasse saxofone com ele no palco. O improviso rendeu uma versão de se estranhar de "Triste", de Tom Jobim, patrono da orquestra.

Com "Asa Branca", a platéia acompanhou com palmas e aplaudiu de pé. A cena se repetiu com "Eu Quero um Xodó", que serviu também para o bis da apresentação.

Dominguinhos, que já havia se apresentado com outras orquestras, disse ter ficado emocionado. "Foi lindo. Vai ser difícil esquecer esta noite", disse o músico.

No próximo dia 25 de agosto, a mesma apresentação acontecerá em São Paulo, no Memorial da América Latina. É imperdível.

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