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22/07/2002 - 13h48

Estreantes roubam a cena no filme "Cálculo Mortal"

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TETÉ RIBEIRO
free-lance para a Folha de S. Paulo, em Nova York

Eles são os nomes menos conhecidos do filme (Ryan Gosling e Michael Pitt), num elenco que reúne Sandra Bullock, Ben Chaplin e Chris Penn, todos dirigidos pelo iraniano Barbet Schroeder (de "Barfly").

Ambos têm 21 anos, alguma experiência, estão estreando numa grande produção hollywoodiana e são a melhor coisa do filme "Cálculo Mortal" ("Murder by Numbers"), em cartaz em São Paulo desde a última sexta-feira.

O longa traz a dupla como amigos que se unem para provar que é possível cometer um crime aleatório e perfeito. Até que entra em cena uma detetive obsessiva (Bullock), que vai atrapalhar os planos deles. O crime, real, é conhecido como o caso Leopold-Loeb e foi adaptado no cinema duas vezes antes.

A primeira, genialmente, por Alfred Hitchcock em "Festim Diabólico" ("Rope", 1948). Depois, Richard Fleischer refaria em "Estranha Compulsão" ("Compulsion", 1958). Nenhum dos dois teve coragem de mostrar a ligação homossexual entre os dois; Schroeder não foge à regra.

O ator Michael Pitt (nada a ver com Brad) é um Leonardo DiCaprio na época do "Romeu e Julieta": a mesma cara, a mesma falta de corte de cabelo, o mesmo charme abandonado.

Ficou conhecido do (pequeno) público como o garoto do filme independente "Hedwig and the Angry Inch", vencedor do festival de Sundance de 2001. No mesmo ano, fez parte do elenco do perturbador "Bully", dirigido por Larry Clark ("Kids").

"Já consegui muita coisa por ser parecido com DiCaprio", afirmou o ator, em entrevista à Folha. "Tive de fazer teste para todos os filmes até agora, e em todos eles fui obrigado a mudar o visual para não parecer tanto com ele."

O canadense Ryan Gosling trabalha desde os oito anos. Ele era uma das crianças do Clube do Mickey, ao lado de Britney Spears e Justin Timberlake. Mas seu primeiro trabalho reconhecido pela crítica e pelo público norte-americanos foi o filme independente "The Believer", também exibido no Festival de Sundance no ano passado.

No filme, ele vive um jovem judeu de Nova York que se une a um grupo de neonazistas.

"Não sei o que me atrai em personagens horríveis, como os que interpreto em "The Believer" e nesse filme", disse ele. "Tenho horror a essas pessoas na vida real, mas gosto de interpretá-las. Ser um bom menino, fazer a coisa certa, isso faço na vida real. Não preciso fazer filmes para viver uma pessoa decente."

O ator afirmou que se espantou com a enorme estrutura de um filme hollywoodiano. "Até agora só tinha feito papéis grandes em filmes independentes, que se filma na rua, sem pedir permissão, então a maior preocupação é fazer dois takes e sair de lá sem ser preso", disse. "E depois nem se sabe se vai mesmo ser exibido."

Os tablóides sensacionalistas norte-americanos noticiaram que Gosling e Sandra Bullock começaram a namorar durante as filmagens. Segundo as publicações, os dois continuam juntos depois, mas nunca em público.

Bullock não evitou falar dele: "Aprendi muito observando Ryan atuar. É um dos melhores atores com quem já trabalhei, além de ser uma companhia muito agradável. É engraçado, charmoso, inteligente". "Mas o melhor foi ser dirigida por Barbet. Não sei se teria aceitado fazer o filme se não fosse pelo diretor."

CÁLCULO MORTAL
Direção:
Barbet Schroeder
Com: Sandra Bullock e Ben Chaplin
 

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