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24/07/2002 - 02h44

Anima Mundi traz "Spirited Away", vencedor do Urso de Ouro em Berlim

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DIEGO ASSIS
da Folha de S.Paulo

"Você pode criar, construir e desenhar o mais maravilhoso lugar no mundo. Mas são necessárias pessoas para transformar um sonho em realidade." A frase é de Walt Disney, mas poderia muito bem ser usada para explicar o porquê de um festival que antes reunia 5.000 pessoas, hoje, só no Rio de Janeiro, ter conseguido levar 45 mil adultos para apreciar novas criações do fantástico universo dos personagens animados.

Nos próximos quatro dias, a magia recai sobre São Paulo. A décima edição do Festival Internacional de Animação do Brasil, o Anima Mundi, traz à cidade uma extensa mostra do que de melhor está sendo produzido nos cinco continentes: de curtas em vídeo a longas em película, de spots publicitários a projetos experimentais, palestras, workshops... Prepare-se para conhecer o único lugar onde tudo é possível.

O ponto de partida pode ser o Japão pós-nazismo de Hiroyuki Okiura. "Jin Roh", seu mais novo longa-metragem depois de "Ghost in the Shell" e do celebradíssimo "Akira", será exibido pela primeira vez em São Paulo, hoje, no auditório do Centro Brasileiro Britânico (veja horários e endereços ao lado). Adquirido pelo canal a cabo Locomotion, o filme vai direto para a televisão depois de estrear neste Anima Mundi.

Outros dois ótimos longas representam os anime (desenhos japoneses) no evento: "Vampire Hunter D Bloodlust", do mangá que virou febre há dois anos no Japão, e "Spirited Away", de Hayao Miyazaki. O mesmo diretor de "Princesa Mononoke" alcançou feito inédito ao dividir o Urso de Ouro de Berlim deste ano com uma não-animação, o drama "Bloody Sunday".

"Os japoneses vêm ganhando cada vez mais espaço. Ao contrário de Hollywood, que pode se dar ao luxo de errar, os anime são o exemplo de como se pode conseguir o máximo de resultado com o mínimo de recursos. Eles simplificam os traços dos personagens, mas são os melhores pintores de cenários que existem", afirma César Coelho, 42, da produtora carioca Campo 4 e um dos responsáveis pela viabilização do Anima Mundi.

O festival oferece ainda algumas centenas de curtas-metragens, divididos em 15 blocos e espalhados pelas salas de cinema da cidade. Os imperdíveis: "Os Sapos", do brasileiro Marcelo Ribeiro Mourão, "Interrogating Ernie", do britânico Ken Lidster, e o hilário "Strange Invaders", do animador canadense Cordell Barker.

Outro ponto forte do 10º Anima Mundi são provavelmente as retrospectivas, entre elas, a dos trabalhos do National Film Board of Canada, a coletânea de melhores momentos de Chuck Jones (1912-2002) _criador dos "Looney Toones" da Warner_ e as reexibições dos mais marcantes curtas dos dez anos do festival.

Com o perdão do trocadilho, quem estiver pensando em pôr a mão na massa terá uma ótima chance de conhecer os profissionais da Vetor Zero (produtora dos comerciais da Brahma), além de Carlos Saldanha, diretor de "A Era do Gelo", e Jason Spencer-Galsworty, de "A Fuga das Galinhas", que ministrará um workshop de animação de bonecos.

"Um dos nosso maiores objetivos com esses eventos é investir na formação "autodidata" de animadores brasileiros. Se no começo tínhamos pouquíssimo trabalhos nacionais inscritos, hoje já são cerca de 40 novos autores a cada ano", conta Coelho. E assim caminha a nossa animação...

Leia mais notícias sobre o Anima Mundi
 

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