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25/07/2002
-
02h59
da Folha de S.Paulo, em São José do Rio Preto
"Woyzeck", peça inconclusa do alemão Georg Büchner (1813-37), foi das primeiras aventuras profissionais de Matheus Nachtergaele no teatro. Em 90, ele atuou na montagem dirigida pela recém-formada Cibele Forjaz, sob dramaturgia de Antônio Araújo. Doze anos depois, ator e diretora se reencontram para o projeto "Woyzeck, o Brasileiro".
"É texto de abismo, que precisávamos retomar com menos ingenuidade e mais amargura", diz Nachtergaele. Forjaz, 35, concorda. Escrita em 1837, "Woyzeck" é "peça-carrapato" em suas carreiras, como o foi para os expressionistas, os surrealistas, para o teatro do absurdo e para Brecht.
Da leitura de 90, permanece o trabalho como espinha dorsal. Soldado no texto original, Franz Woyzeck é convertido a operário de olaria na dramaturgia de Fernando Bonassi. Ele se oferece como cobaia dos experimentos de um médico e perde a correção do viver quando a mulher o trai.
Para a diretora, a montagem de "Woyzeck" reflete a diversidade do Brasil. Congrega artistas de São Paulo, Rio, Paraíba, Pernambuco e Moçambique.
Os paraibanos Everaldo Pontes, Nanego Lira e Soia Lira e Marcélia Cartaxo, o moçambicano radicado no país Rui Polanah e o carioca Leandro da Hora (filme "Cidade de Deus") são exemplos dessa confluência. (VS)
WOYZECK, O BRASILEIRO - De: Georg Büchner. Direção: Cibele Forjaz. Com: Matheus Nachtergaele, Servílio de Holanda, Fabiano Costa. Onde: teatro Casa Grande (av. Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon, tel. 0/xx/21/ 2239-4046). Quando: pré-estréia para convidados no dia 15/8, às 21h; de qui. a sáb., às 21h; dom., às 19h. Quanto: de R$ 10 a R$ 30. Patrocinadores: BrasilTelecom e Eletrobras
Matheus Nachtergaele volta encenar "Woyzeck" após 12 anos
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"Woyzeck", peça inconclusa do alemão Georg Büchner (1813-37), foi das primeiras aventuras profissionais de Matheus Nachtergaele no teatro. Em 90, ele atuou na montagem dirigida pela recém-formada Cibele Forjaz, sob dramaturgia de Antônio Araújo. Doze anos depois, ator e diretora se reencontram para o projeto "Woyzeck, o Brasileiro".
"É texto de abismo, que precisávamos retomar com menos ingenuidade e mais amargura", diz Nachtergaele. Forjaz, 35, concorda. Escrita em 1837, "Woyzeck" é "peça-carrapato" em suas carreiras, como o foi para os expressionistas, os surrealistas, para o teatro do absurdo e para Brecht.
Da leitura de 90, permanece o trabalho como espinha dorsal. Soldado no texto original, Franz Woyzeck é convertido a operário de olaria na dramaturgia de Fernando Bonassi. Ele se oferece como cobaia dos experimentos de um médico e perde a correção do viver quando a mulher o trai.
Para a diretora, a montagem de "Woyzeck" reflete a diversidade do Brasil. Congrega artistas de São Paulo, Rio, Paraíba, Pernambuco e Moçambique.
Os paraibanos Everaldo Pontes, Nanego Lira e Soia Lira e Marcélia Cartaxo, o moçambicano radicado no país Rui Polanah e o carioca Leandro da Hora (filme "Cidade de Deus") são exemplos dessa confluência. (VS)
WOYZECK, O BRASILEIRO - De: Georg Büchner. Direção: Cibele Forjaz. Com: Matheus Nachtergaele, Servílio de Holanda, Fabiano Costa. Onde: teatro Casa Grande (av. Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon, tel. 0/xx/21/ 2239-4046). Quando: pré-estréia para convidados no dia 15/8, às 21h; de qui. a sáb., às 21h; dom., às 19h. Quanto: de R$ 10 a R$ 30. Patrocinadores: BrasilTelecom e Eletrobras
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