Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/07/2002 - 08h51

Jéferson quer usar mídia do "Big Brother 2" para combate às drogas

Publicidade

da Folha Online

Quarto eliminado da segunda edição do programa "Big Brother Brasil", da Globo, o paulista Jéferson de Oliveira dos Santos, 27, se destacou no programa por ser ex-dependente químico.

Durante 12 anos, dos 12 aos 24, ele foi usuário de cocaína, maconha e álcool. O fato chegou a público de uma forma negativa, quando a participante Tina usou o fato para ofendê-lo durante uma discussão que tiveram no programa.

Jéferson assumiu sua dependência e contra-atacou. Tina acabou sendo eliminada antes dele do programa.

Depois disso, ele voltou a ser o centro das atenções ao lado de Tarciana, sua namorada na casa. Os dois foram os primeiros a fazerem sexo no programa, desde sua estréia, e relataram os detalhes aos colegas -consequentemente, a milhões de brasileiros que assistem ao programa.

Quarto eliminado do "reality show", Jéferson quer aproveitar a fama para alavancar a carreira do grupo de pagode que montou em 1998 em Carapicuíba, no interior de São Paulo. Além disso, pretende ter oportunidade na mídia para compartilhar e ajudar pessoas que sofrem com a dependência química e crianças de rua.

Sobre seu namoro com Tarciana, Jéferson não usa meias palavras para responder: "Precisamos conversar, mas acabou." Ele disse que reatou o relacionamento com a namorada que tinha antes de entrar no programa.

Leia a a seguir trechos da entrevista:

Folha Online -Como está sua vida depois do programa?

Jéferson-
Entrei de um jeito e saí de outro. Quando fui cortar o cabelo outro dia, tiveram que baixar as portas do salão por causa do tumulto. Profissionalmente, o programa me trouxe um monte de coisa legal, abriu portas.

Folha Online - Você tem um grupo de pagode. Já mudou alguma coisa neste sentido como o interesse de gravadoras e contatos para shows?

Jéferson -
Por enquanto, só temos contatos para shows. Com gravadoras e empresários, estamos só mantendo contato, mas não tem nada certo ainda.

Folha Online - Você pretende continuar com o Yntimidade ou já pensa em uma carreira solo?

Jéferson -
Não, é cedo para pensar em carreira solo. Desde 1998 eu estou com eles e não estou pensando em gravar sozinho por enquanto.

Folha Online - Você e a Tarciana criaram polêmica por terem feito sexo lá na casa. Parte do público não gostou porque o programa é visto por crianças também. Você acredita que tenha sido eliminado pelo público por causa disso?

Jéferson -
Existe muita hipocrisia. Muita gente às vezes tem vontade, mas não tem coragem. No Carnaval você vê cenas piores. Se o meu filho estivesse assistindo a um programa que eu não gostasse eu mudaria de canal.

Folha Online - Mas saber que milhões de pessoas estavam vendo vocês fazerem sexo não foi um motivo para inibição? Vocês esqueceram as câmeras?

Jéferson -
Quando a gente está lá dentro é um outro mundo, não tem noção de nada aqui fora. Esquecer ninguém esquece. Aquilo aconteceu de madrugada. O programa tem que mostrar como são as pessoas. Se passaram as imagens, eu não tenho culpa.

Folha Online - Pelo que vocês falaram no programa, vocês não se preocuparam em usar preservativo. Isso foi visto como uma má influência já que há toda uma campanha pelo uso de preservativo e até o Ministério da Saúde se manifestou.

Jéferson-
Não usei camisinha porque todo mundo fez exame antes de entrar na casa. Não queria influenciar ninguém. Sou totalmente a favor do uso de camisinha, tanto que uma das vezes nós usamos.

Folha Online - Vocês estavam na casa há muito pouco tempo e logo na primeira semana se começou a falar em namoro. Lá as coisas acontecem mais rápido?

Jéferson -
Sobre as outras pessoas eu não posso falar, mas eu preciso ficar com alguém. Eu nunca fico sozinho, eu sempre tive namorada. As pessoas era muito simpáticas , mas não acho que as pessoas já chegaram com a intenção de ficar com alguém.

Folha Online - O que foi mais difícil para você no programa?

Jéferson -
Foi quando a Tina usou minha doença para me xingar. Ela foi preconceituosa. Eu não fiquei abalado com o que ela falou, mas de como ela falou. Não tenho nada contra ela. Quando eu entrei no programa eu queria passar uma mensagem: se eu consegui largar as drogas e o álcool, qualquer um consegue.

Folha Online - A produção organizava muitas festas com bebidas. Houve algum momento que você achou que não iria resistir?

Jéferson -
Eu tive muita vontade de beber durante uma festa mexicana porque meu último porre foi de tequila. Foi difícil, mas nem tanto, porque eu já admiti que eu não posso tomar o primeiro gole, que eu perdi para as drogas e para o álcool.

Folha Online - Você acha que a produção colocou você à prova em algum momento?

Jéferson -
Nunca passou pela minha cabeça que fosse por maldade. Eu acredito que não. Eles colocavam bebida, mas tinha outras coisas para beber, suco água, refrigerante...

Folha Online - Você faria o programa novamente?

Jéferson -
Só pelo prêmio. Só por participação não daria. Não estou atrás de fama. A gente imagina que ficar ali naquela casa legal não vai ter problema nenhum, mas não é assim. Ficar trancado com câmeras vigiando você é muito difícil.

Folha Online - O que te surpreendeu na casa?

Jéferson -
Eu não esperava muita coisa. Eu estava vivendo.

Leia outras entrevistas com os participantes do "Big Brother 2"

Leia mais notícias sobre o "Big Brother 2"
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página