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05/08/2002
-
08h56
BRUNO YUTAKA SAITO
free-lance para a Folha
A galopante alta do dólar começa a afetar também os peixes menores. Irmão mais modesto e esquizóide do incerto e badalado Free Jazz, o Free Zone 2002 começa hoje sua etapa paulistana em caráter intimista.
Em seu segundo ano, o festival mantém a ênfase em artistas desconhecidos do grande público, muitos em suas primeiras apresentações. Serão 12 atrações em dois dias de evento que englobam performance, música, poesia, fotografia e dança.
Na etapa de hoje, o festival traz a cantora e compositora Fernanda Porto, adorada pelo público do drum'n'bass e nome mais conhecido do evento.
A eletrônica é a ênfase da noite, que ainda tem os DJs André Juliani e o projeto sonoro-visual Duplex. No quesito performance, entram o duo Paulagabriela (composto por duas "artistas simbiônticas") e a fotógrafa Ynaiê Dawson.
"Performance é aquela coisa meio indefinida, e o Free Zone é basicamente performático", tenta explicar o idealizador do projeto, o também poeta Chacal.
Ao contrário do ano passado, quando o festival aconteceu no espaçoso Galpão Fábrica e trouxe nomes mais conhecidos (como Trio Mocotó e DJ Dolores), o espaço físico ficou reduzido e as atrações, menos conhecidas.
Com isso, fica um pouco atenuado o caráter pop-cabeça de vanguarda, que prevaleceu na última edição.
Desta vez, os arroubos de experimentalismo ficam reduzidos aos arredores da juventude endinheirada das casas noturnas Na Mata Café e Blen Blen Brasil.
"A idéia de reduzir o espaço já havia no ano passado. Mas a questão econômica pesou na hora de escolhermos as atrações", justifica Chacal.
O curador diz que um dos atuais pontos fortes é a maior interação entre público e artista. "Antes, as pessoas saíam de casa para nos assistir. Agora, o desafio é a adaptação ao clima e público de uma casa noturna".
O evento, que já passou por Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro e Campinas, termina na próxima segunda (12), no Blen Blen. Como se trata de um Free Zone adaptável, os estilos musicais tradicionalmente presentes na casa serão respeitados nesse dia.
Saem os eletrônicos e entram shows da Sound Scape Big Band Jazz e do interessante Orquestra Imperial, superbanda com Rodrigo Amarante (Los Hermanos), Seu Jorge e Moreno Veloso.
Antes de se enaltecer (ou criticar) a qualidade de tais artistas, fica uma amostra do que promete ser o cenário em termos de shows no Brasil para o segundo semestre: alternativas criativas (e mais baratas) para contornar os problemas econômicos.
Festival Free Zone chega hoje a SP mais intimista
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free-lance para a Folha
A galopante alta do dólar começa a afetar também os peixes menores. Irmão mais modesto e esquizóide do incerto e badalado Free Jazz, o Free Zone 2002 começa hoje sua etapa paulistana em caráter intimista.
Em seu segundo ano, o festival mantém a ênfase em artistas desconhecidos do grande público, muitos em suas primeiras apresentações. Serão 12 atrações em dois dias de evento que englobam performance, música, poesia, fotografia e dança.
Na etapa de hoje, o festival traz a cantora e compositora Fernanda Porto, adorada pelo público do drum'n'bass e nome mais conhecido do evento.
A eletrônica é a ênfase da noite, que ainda tem os DJs André Juliani e o projeto sonoro-visual Duplex. No quesito performance, entram o duo Paulagabriela (composto por duas "artistas simbiônticas") e a fotógrafa Ynaiê Dawson.
"Performance é aquela coisa meio indefinida, e o Free Zone é basicamente performático", tenta explicar o idealizador do projeto, o também poeta Chacal.
Ao contrário do ano passado, quando o festival aconteceu no espaçoso Galpão Fábrica e trouxe nomes mais conhecidos (como Trio Mocotó e DJ Dolores), o espaço físico ficou reduzido e as atrações, menos conhecidas.
Com isso, fica um pouco atenuado o caráter pop-cabeça de vanguarda, que prevaleceu na última edição.
Desta vez, os arroubos de experimentalismo ficam reduzidos aos arredores da juventude endinheirada das casas noturnas Na Mata Café e Blen Blen Brasil.
"A idéia de reduzir o espaço já havia no ano passado. Mas a questão econômica pesou na hora de escolhermos as atrações", justifica Chacal.
O curador diz que um dos atuais pontos fortes é a maior interação entre público e artista. "Antes, as pessoas saíam de casa para nos assistir. Agora, o desafio é a adaptação ao clima e público de uma casa noturna".
O evento, que já passou por Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro e Campinas, termina na próxima segunda (12), no Blen Blen. Como se trata de um Free Zone adaptável, os estilos musicais tradicionalmente presentes na casa serão respeitados nesse dia.
Saem os eletrônicos e entram shows da Sound Scape Big Band Jazz e do interessante Orquestra Imperial, superbanda com Rodrigo Amarante (Los Hermanos), Seu Jorge e Moreno Veloso.
Antes de se enaltecer (ou criticar) a qualidade de tais artistas, fica uma amostra do que promete ser o cenário em termos de shows no Brasil para o segundo semestre: alternativas criativas (e mais baratas) para contornar os problemas econômicos.
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