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05/08/2002
-
18h55
da Folha Online
O espetáculo "Woyzeck, O Brasileiro" estréia neste mês no Rio de Janeiro, mas o projeto da peça começou a ser gestado em 1991, depois que o ator Matheus Nachtergaele participou de uma oficina para atores iniciantes, dirigida por Cibele Forjaz, em São Paulo, quando ficou impressionado com o texto "Woyzeck", do alemão Georg Büchner (1813-1837).
Onze anos depois, o encontro de Nachtergaele com o grupo de atores da Companhia Piollin e com a própria Cibele Forjaz trouxe à tona o texto de Büchner, que ganhou uma adaptação bem brasileira.
Com Matheus Nachtergaele, Marcélia Cartaxo, os atores Leandro Firmino da Hora, Michel Melamed, Niltinho Bicudo, Rui Polanah e o Grupo Piollin no elenco, o espetáculo estréia para convidados dia 15 de agosto no Teatro Casa Grande, com cenografia de Marcos Pedroso e trilha sonora composta por Otto especialmente para o espetáculo.
A peça, uma adaptação do texto original, se passa na Olaria Brasil, onde o trabalho é ininterrupto. Imersos na lama, os homens desdobram-se em atividades, rivalizando com a agilidade das máquinas para o bem da produção. Num local onde impera o desemprego, os trabalhadores vão ao limite por pratos de comida e salários de fome.
O oleiro (no texto original soldado raso) Franz Woyzeck vive para o trabalho. Além de acumular diversas funções na linha de produção, tem de encontrar tempo para pequenos bicos e prestar-se, por uns trocados, ao papel de cobaia das experiências do médico local, que pretende transformá-lo num novo homem a partir da ingestão unicamente de ervilhas. A pressão dos afazeres, a fome, a desconfiança e humilhação constante por parte da comunidade começam a minar sua sanidade.
Franz vive com Maria, com quem tem um filho. Mulher, sensual, ela vive em constante angústia entre o desejo de mudança e a vontade de ser correta e respeitável, mas cede às abordagens do Marombeiro (operador da maromba - máquina que dá forma ao barro), transformando-se no escândalo da olaria.
Woyzeck entra em transe louco ao descobrir que tudo o que fazia pela mulher só lhe gerou sarcasmo entre os seus. Ensandecido, começa a ouvir vozes e se mata.
Onde: Teatro Casa Grande (av. Afrânio de Melo Franco, 290 - Leblon, Rio de Janeiro)
Quando: Estréia dia 15 de agosto, às 21h. Quinta a sábado, às 21h, domingo, às 19h. Até 13 de outubro.
Quanto: R$ 20 a R$ 30
Informações: 0/xx/11/2239-4046
Matheus Nachtergaele estréia "Woyzeck, O Brasileiro" no Rio
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O espetáculo "Woyzeck, O Brasileiro" estréia neste mês no Rio de Janeiro, mas o projeto da peça começou a ser gestado em 1991, depois que o ator Matheus Nachtergaele participou de uma oficina para atores iniciantes, dirigida por Cibele Forjaz, em São Paulo, quando ficou impressionado com o texto "Woyzeck", do alemão Georg Büchner (1813-1837).
Onze anos depois, o encontro de Nachtergaele com o grupo de atores da Companhia Piollin e com a própria Cibele Forjaz trouxe à tona o texto de Büchner, que ganhou uma adaptação bem brasileira.
Com Matheus Nachtergaele, Marcélia Cartaxo, os atores Leandro Firmino da Hora, Michel Melamed, Niltinho Bicudo, Rui Polanah e o Grupo Piollin no elenco, o espetáculo estréia para convidados dia 15 de agosto no Teatro Casa Grande, com cenografia de Marcos Pedroso e trilha sonora composta por Otto especialmente para o espetáculo.
A peça, uma adaptação do texto original, se passa na Olaria Brasil, onde o trabalho é ininterrupto. Imersos na lama, os homens desdobram-se em atividades, rivalizando com a agilidade das máquinas para o bem da produção. Num local onde impera o desemprego, os trabalhadores vão ao limite por pratos de comida e salários de fome.
O oleiro (no texto original soldado raso) Franz Woyzeck vive para o trabalho. Além de acumular diversas funções na linha de produção, tem de encontrar tempo para pequenos bicos e prestar-se, por uns trocados, ao papel de cobaia das experiências do médico local, que pretende transformá-lo num novo homem a partir da ingestão unicamente de ervilhas. A pressão dos afazeres, a fome, a desconfiança e humilhação constante por parte da comunidade começam a minar sua sanidade.
Franz vive com Maria, com quem tem um filho. Mulher, sensual, ela vive em constante angústia entre o desejo de mudança e a vontade de ser correta e respeitável, mas cede às abordagens do Marombeiro (operador da maromba - máquina que dá forma ao barro), transformando-se no escândalo da olaria.
Woyzeck entra em transe louco ao descobrir que tudo o que fazia pela mulher só lhe gerou sarcasmo entre os seus. Ensandecido, começa a ouvir vozes e se mata.
Onde: Teatro Casa Grande (av. Afrânio de Melo Franco, 290 - Leblon, Rio de Janeiro)
Quando: Estréia dia 15 de agosto, às 21h. Quinta a sábado, às 21h, domingo, às 19h. Até 13 de outubro.
Quanto: R$ 20 a R$ 30
Informações: 0/xx/11/2239-4046
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