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06/08/2002 - 08h59

"Está tudo de pernas para o ar", diz Rodrigo, o vencedor do "BBB 2"

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da Folha Online

Com R$ 500 mil a mais no "bolso", Rodrigo Fraga Leonel, 32, o caubói do "Big Brother Brasil 2", mantém, mesmo após o título, a simplicidade. Muito assediado, o vencedor do "reality show" diz que não está acostumado com isto e, às vezes, fica encabulado quando é parado nas ruas.

Quando saiu do programa da Globo, Rodrigo ainda ficou mais nove dias no Rio de Janeiro e só então voltou para sua cidade natal, Ribeirão Preto (a 314 km de São Paulo). Com o tempo todo tomado por participações em programas de TV e entrevistas a rádios, jornais, sites e revistas, o caubói ainda nem teve tempo de dar um "destino" ao prêmio que recebeu. "Está tudo de pernas para o ar", disse.

Planos para investir os R$ 500 mil, no entanto, não faltam. Rodrigo pretende montar um hotel para cavalos e vai também gravar um CD com cantores locais, que deve ser lançado neste mês.

Apesar dos carinhos que recebeu de Thaís no programa, o caubói disse que o relacionamento com a namorada Carla vai muito bem porque ela é uma pessoa inteligente. Mesmo não tendo nada definido, ele, que já tem duas filhas, não descarta o "casório", como ele próprio define.

Veja a seguir trechos da entrevista com o vencedor do "Big Brother 2":

Folha Online - Como surgiu o convite para você participar do "Big Brother 2"?

Rodrigo Fraga Leonel -
A produção do Rio de Janeiro, não sei como eles acharam meu telefone, me convidou para fazer um vídeo.

Folha Online - E qual foi sua reação diante do convite?

Rodrigo -
Espantosa. Achei que era até mentira, conversa fiada. Me convidaram para fazer um vídeo que seria mandado para o Rio, para ver se servia. Era uma seleção e tinha bastante gente. Eu não acreditei, mas fui lá para ver certo e era verdade. Só então comecei a acreditar na idéia.

Folha Online - Qual foi sua reação diante do convite? Você acreditava que podia ganhar?

Rodrigo -
Eu fiquei muito feliz, pensei que só de entrar lá já estava muito bom.

Folha Online - Qual era sua intenção ao aceitar participar do "reality show"? Era só ganhar o prêmio de R$ 500 mil?

Rodrigo -
A minha intenção sempre foi o dinheiro. A gente não ganha R$ 500 mil todo dia.

Folha Online - Durante os 71 dias que você ficou fechado na casa, qual foi a parte mais difícil?

Rodrigo -
A maior dificuldade que eu tive lá dentro foi no meio do programa. Quando você já está há muito tempo sem trabalhar fica se sentindo inútil. Eu fui uma pessoa que sempre trabalhei. Minha vida foi trabalho.

Folha Online - E qual foi o melhor momento que você viveu, sem contar, é claro, a vitória e o prêmio de R$ 500 mil?

Rodrigo -
Eu ia dizer que foi quando eu ganhei os R$ 500 mil. Todo o resto foi bom, não teve uma melhor. Tudo eu vivi sorrindo e brincando.

Folha Online - Para você, como foi conviver todo esse tempo fechado numa casa com 11 pessoas diferentes e, no começo, completamente desconhecidas?

Rodrigo -
Foi bem difícil a gente se relacionar com pessoas totalmente diferentes. Para mim, é fácil me relacionar com as pessoas. Me relaciono com qualquer um. Agora, lá, cada um estava imprimindo seu objetivo e sua personalidade. Eu, com esse meu jeitão, aceito tudo, desde que não pise no meu calo.

Folha Online - No programa, você demonstrou ser tranquilo e não se juntou a nenhum grupo. No dia-a-dia é esse seu jeito ou você jogou para tentar vencer o programa?

Rodrigo -
Ali juntei as duas coisas. Aproveitando e fazendo amizade com todo mundo, passei para um jogo. Não é que eu fiz de propósito, tanto é que eu tenho amigos de tudo quanto é jeito.

Folha Online - Mas você é essa pessoa que gosta de ficar quietinha, só espiando os outros?

Rodrigo -
Quietinho e espiando, não. Eu sou uma pessoa quieta. Só respondo as coisas que me perguntam. Não sou de ficar metendo o bedelho na vida dos outros, não, de ficar dando palpite.

Folha Online - Você passou a impressão de que não quis se juntar a nenhum grupo dentro da casa...

Rodrigo -
Mesmo aqui na vida, do lado de fora, eu tenho vários amigos de várias turmas. Eu saio no dia em que eu estiver me sentindo melhor com uma turma ou com outra. Visito todas sempre que posso.

Folha Online - Depois de ter ganho o prêmio de R$ 500 mil, o que vai mudar na sua vida, no seu jeito de ser?

Rodrigo -
Na minha vida o que mudou foi a situação financeira, porque a gente sempre passava apertado. De resto, do Rodrigo particular, do modo de ser dele, acho que não vai mudar nada.

Folha Online - E o seu modo de se vestir? Você acha que vai ficar mais sofisticado agora?

Rodrigo -
Não, não... porque as minhas roupas sempre foram essas. A única coisa que vai mudar é que elas vão ser novas, não vão ser trapo velho, não (risos).

Folha Online - E quanto ao seu estilo de vida e seu jeito de ser?

Rodrigo -
Vou manter porque é o meu estilo. Eu me sinto bem no meu estilo. O dinheiro não vai influenciar de jeito nenhum.

Folha Online - Você havia dito que montaria um hotel para cavalos com o dinheiro que ganhou. É esse mesmo o seu plano para o futuro?

Rodrigo -
É um hotel de cavalo, não tem muito segredo. Vou ter que esperar um pouco porque a minha vida está tumultuada. Eu acho que tenho que aguardar, pôr os pés no chão e reorganizar porque está tudo de pernas para o ar.

Folha Online - Qual tem sido sua rotina desde que deixou a casa do "Big Brother Brasil?

Rodrigo -
Só televisão, rádio, jornal... o dia inteiro. Não tenho folga para nada. Agora eu estou em Ribeirão Preto. Cheguei hoje à tardinha [quinta-feira, dia 1º]

Folha Online - Já matou a saudade da namorada? Quais são seus planos para o futuro em relação a ela?

Rodrigo -
Os planos para o futuro, como todo mundo, são o casório, mas não tem nada programado, não. Acho que tem que deixar acontecer.

Folha Online - Ela não ficou com ciúme em razão de sua proximidade com a Thaís?

Rodrigo -
Não, ela é uma pessoa inteligente. Ela é perfeita.

Folha Online - Quem foi, na sua opinião, a pessoa mais difícil de se relacionar durante o "reality show"?

Rodrigo -
Eu acredito que a pessoa mais difícil foi o Jéferson, justamente por a personalidade ser muito forte. Ele quer sempre provar o jeito dele para as pessoas: "eu faço isso", "eu sou aquilo". A gente não bateu, na realidade.

Folha Online - E quem foi o "bigbrother" de quem você ficou mais amigo, com quem se relacionou melhor?

Rodrigo -
O resto, todo mundo, me passou essa impressão. Eu sou amigo de todos aqui fora. Não tem um com quem eu tenha mais afinidade. Vou manter contato com todos porque gosto deles.

Folha Online - O programa tornou você uma pessoa conhecida e popular. Como você está lidando com o assédio nas ruas?

Rodrigo -
Isso tudo é novidade para mim. Eu estou tentando lidar com isso com o maior carinho possível. Fico sem graça, em vez do pessoal ficar sem graça. Não estou acostumado com essas coisas.

Folha Online - Grande parte dos participantes do "Big Brother" demonstraram interesse de seguir a carreira artística ou em ter algum programa na TV. Você tem algum plano desse tipo?

Rodrigo -
Não tenho nenhuma programação para a vida artística. Não sei o que pode acontecer, mas não descarto nenhuma hipótese. Acho que eu tenho que analisar e depois ver se eu posso fazer.

Folha Online - Você já conseguiu assistir às gravações do "Big Brother"? O que tem a falar sobre a edição das cenas?

Rodrigo -
Não vi nada, nem as fitas nem nenhum programa. Nada, nada, nada. Aí você me complica se perguntar [da edição]. Me falaram que eu passei uma coisa legal, uma coisa bonita, uma humildade e uma sinceridade boa. Pelo menos quando eu saio, o carinho que eu tenho mostra isso.

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