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08/08/2002
-
03h18
da Folha de S.Paulo
Eduardo Coutinho ("Cabra Marcado para Morrer") e João Moreira Salles ("Notícias de uma Guerra Particular") farão um documentário sobre as eleições presidenciais brasileiras deste ano.
Os documentaristas se reuniram em São Paulo, anteontem, com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que concordou em participar do filme.
O documentário será rodado apenas no segundo turno das eleições. A Folha apurou que Coutinho e Salles estudam dois enfoques para o projeto.
Uma das opções é abordar ambos os candidatos que disputarão o segundo turno. Nesse caso, cada um dos cineastas se concentraria em uma campanha.
A segunda alternativa considerada é que Salles acompanhe a campanha de Lula, enquanto Coutinho esquadrinha a vida de operários no ABC paulista, contemporâneos da atuação sindical do candidato metalúrgico.
Fotos e vídeos jornalísticos das greves dos anos 80 no ABC ajudariam a definir os "personagens" de Coutinho. O cineasta investigaria a trajetória de trabalhadores que permaneceram anônimos.
Prevalecendo o primeiro formato, o filme terá seu acento no universo da disputa política com o aparato profissional das campanhas presidenciais e será um registro documental específico das eleições de 2002.
O segundo modelo tende a narrar uma trajetória do país em dois focos -a história particular de operários na região industrial paulista e o percurso público de um operário que desenvolveu carreira na política.
Coutinho e Salles devem definir na próxima semana qual será a linha a ser seguida.
Se decidirem filmar as duas campanhas, os documentaristas procurarão equalizar seus estilos.
Se optarem por se dividir entre o registro da campanha de Lula e a investigação da história dos trabalhadores no ABC, estarão à vontade para praticar cada um a sua principal característica -a capacidade de observação de Salles e o poder de mergulho em histórias pessoais de Coutinho.
Parceria
O documentário sobre as eleições presidenciais de 2002 será o primeiro em que Salles e Coutinho dividirão a direção. Os dois trabalham juntos, no entanto, desde 1999, quando a Videofilmes, produtora cinematográfica de Salles, passou a produzir os filmes de Coutinho.
O cineasta, que é considerado o maior documentarista brasileiro, realizou, com a produção de Salles, os longas "Babilônia 2000" e o inédito "Edifício Master", concorrente no 30º Festival de Cinema de Gramado (de 12 a 17 de agosto).
Veja também o especial Eleições 2002
Eduardo Coutinho e João Moreira Salles filmarão as eleições 2002
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Eduardo Coutinho ("Cabra Marcado para Morrer") e João Moreira Salles ("Notícias de uma Guerra Particular") farão um documentário sobre as eleições presidenciais brasileiras deste ano.
Os documentaristas se reuniram em São Paulo, anteontem, com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que concordou em participar do filme.
O documentário será rodado apenas no segundo turno das eleições. A Folha apurou que Coutinho e Salles estudam dois enfoques para o projeto.
Uma das opções é abordar ambos os candidatos que disputarão o segundo turno. Nesse caso, cada um dos cineastas se concentraria em uma campanha.
A segunda alternativa considerada é que Salles acompanhe a campanha de Lula, enquanto Coutinho esquadrinha a vida de operários no ABC paulista, contemporâneos da atuação sindical do candidato metalúrgico.
Fotos e vídeos jornalísticos das greves dos anos 80 no ABC ajudariam a definir os "personagens" de Coutinho. O cineasta investigaria a trajetória de trabalhadores que permaneceram anônimos.
Prevalecendo o primeiro formato, o filme terá seu acento no universo da disputa política com o aparato profissional das campanhas presidenciais e será um registro documental específico das eleições de 2002.
O segundo modelo tende a narrar uma trajetória do país em dois focos -a história particular de operários na região industrial paulista e o percurso público de um operário que desenvolveu carreira na política.
Coutinho e Salles devem definir na próxima semana qual será a linha a ser seguida.
Se decidirem filmar as duas campanhas, os documentaristas procurarão equalizar seus estilos.
Se optarem por se dividir entre o registro da campanha de Lula e a investigação da história dos trabalhadores no ABC, estarão à vontade para praticar cada um a sua principal característica -a capacidade de observação de Salles e o poder de mergulho em histórias pessoais de Coutinho.
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O documentário sobre as eleições presidenciais de 2002 será o primeiro em que Salles e Coutinho dividirão a direção. Os dois trabalham juntos, no entanto, desde 1999, quando a Videofilmes, produtora cinematográfica de Salles, passou a produzir os filmes de Coutinho.
O cineasta, que é considerado o maior documentarista brasileiro, realizou, com a produção de Salles, os longas "Babilônia 2000" e o inédito "Edifício Master", concorrente no 30º Festival de Cinema de Gramado (de 12 a 17 de agosto).
Veja também o especial Eleições 2002
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