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12/08/2002 - 04h59

Geração da auto-referência é tema do livro "Máquina de Pinball"

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BRUNO YUTAKA SAITO
free-lance para a Folha de S. Paulo

Conhecida por lançar títulos na linha pop/"guerrilheira", a editora Conrad traz um curioso acepipe da nova produção nacional. O livro/blog/diário "Máquina de Pinball", da escritora gaúcha Clarah Averbuck, chama atenção para um estilo artístico que ganha novos contornos com os trabalhos singulares de escritores, músicos, estilistas e fotógrafos.

A auto-referência e a estética punk são as principais características, em um mundo repleto de figuras como notívagos, outsiders e afins (dos quais tais artistas fazem parte).

Fauna explorada à exaustão por Clarah. De leitura rápida (uma declaração de amor a John Fante), temos em "Máquina" uma jovem que, assim como a autora, sai de Porto Alegre, tenta a vida em São Paulo e vai a Londres para curtir glamourosos dias de fome e frio. E entre vários porres, ela é paquerada por causa de sua camiseta dos Strokes. "99% disso aconteceu na minha vida", diz Clarah. "Meus fãs se identificam porque sempre me dou mal e sou rejeitada."

Música

Na música, a nova onda encontra amplo espaço: com lançamentos previstos para este ano, estão os CDs do bbb e Les Sucettes. O bbb é banda de uma mulher só, Cynthia Davanzo. Ela empunha sua guitarra para entoar "canções" em um show-performance. "Mais falo do que canto, é como uma terapia em que falo o que sinto", diz a cantora.

Seguindo a linha confessional, o trio Les Sucettes mostra o universo particular do vocalista Ricardo Melo, com referências ao submundo paulistano, a vida noturna desregrada e os "inferninhos".

Atualmente concentrado com a grife Ellus, o artista plástico/DJ Adriano Costa tem como principal produto uma t-shirt com uma foto sua e a legenda "Mick Jagger". "É uma tiração de sarro em relação ao meio em que vivo, o mundo da fama, do luxo e das coisas superficiais", diz Costa.

Já o fotógrafo Rafael Assef, responsável pela mais recente campanha publicitária da Ellus, tem uma série de trabalhos em que focaliza cortes feitos em seu próprio corpo. "Nas fotos, estão os opostos da minha personalidade: o suave e o agressivo", explica.

MÁQUINA DE PINBALL - livro de estréia de Clarah Averbuck. Editora: Conrad. Quanto: R$ 22 (80 págs.)
 

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