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15/08/2002
-
00h41
MARCELO BARTOLOMEI
enviado especial a Gramado
O 30º Festival de Cinema de Gramado - Cinema Brasileiro e Latino voltou a ser palco de protestos na noite desta quarta-feira durante uma homenagem a artistas que foram premiados ao longo da existência do evento.
Inibido no passado pela repressão militar, o protesto havia dado lugar a homegens em Gramado.
Um grupo de 20 artistas foi chamado ao palco do Palácio dos Festivais na noite desta quarta após a homenagem ao cineasta Roberto Farias, que ganhou o troféu Eduardo Abelin por sua contribuição a cinematografia brasileira. Eles receberam um troféu especial por já terem sido premiados nos 30 anos do festival.
Dentre todos a atriz Katia D'Angelo, premiada em 1978 pelo filme "Barra Pesada", se destacou ao expor em público um drama pessoal.
Como nenhum outro homenageado quis falar, ela tomou o microfone por alguns minutos para criticar o governo federal e a polícia carioca pela violência que vitimou um filho seu há cinco anos. Segundo Katia, a família e ela se retiraram do pais para um "exílio forçado" na França.
De volta ao Brasil, ela questionou na frente de cerca de 500 pessoas que estavam no teatro no momento da homenagem por que os governantes não conseguem inibir a violência. "Gramado é uma vitrine e eu gostaria de aproveitar este espaço para falar da violência que tanto atinge o nosso país. Só a arte é capaz de mudar a essência do homem", disse.
No final do seu discurso a atriz abriu o paletó que vestia e mostrou à platéia uma camiseta branca com uma interrogação escrita e dedicou a homenagem ao filho assassinado.
Leia mais notícias sobre inverno
Gramado vira palco de protesto contra violência
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O 30º Festival de Cinema de Gramado - Cinema Brasileiro e Latino voltou a ser palco de protestos na noite desta quarta-feira durante uma homenagem a artistas que foram premiados ao longo da existência do evento.
Inibido no passado pela repressão militar, o protesto havia dado lugar a homegens em Gramado.
Um grupo de 20 artistas foi chamado ao palco do Palácio dos Festivais na noite desta quarta após a homenagem ao cineasta Roberto Farias, que ganhou o troféu Eduardo Abelin por sua contribuição a cinematografia brasileira. Eles receberam um troféu especial por já terem sido premiados nos 30 anos do festival.
Dentre todos a atriz Katia D'Angelo, premiada em 1978 pelo filme "Barra Pesada", se destacou ao expor em público um drama pessoal.
Como nenhum outro homenageado quis falar, ela tomou o microfone por alguns minutos para criticar o governo federal e a polícia carioca pela violência que vitimou um filho seu há cinco anos. Segundo Katia, a família e ela se retiraram do pais para um "exílio forçado" na França.
De volta ao Brasil, ela questionou na frente de cerca de 500 pessoas que estavam no teatro no momento da homenagem por que os governantes não conseguem inibir a violência. "Gramado é uma vitrine e eu gostaria de aproveitar este espaço para falar da violência que tanto atinge o nosso país. Só a arte é capaz de mudar a essência do homem", disse.
No final do seu discurso a atriz abriu o paletó que vestia e mostrou à platéia uma camiseta branca com uma interrogação escrita e dedicou a homenagem ao filho assassinado.
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