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19/08/2002 - 03h31

Álbum de rapper Nelly não é ruim, mas também não é bom

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da Folha de S.Paulo

Nelly é sem dúvida uma das figuras mais espertas do rap de hoje. Em seu embate com Eminem, o rapper de St. Louis evita farpas diretas -talvez porque ele saiba que colecionar inimigos é conhecidamente hobby predileto do branquelo raivoso.

Enquanto isso, consegue até tirar proveito das críticas que levou pela parceria musical -desastrosa, diga-se- com a boys band 'NSync. Segundo ele, gravar com os bonitinhos foi revolucionário.

Acima de tudo, Nelly sabia que a fórmula que funcionou no primeiro CD -que vendeu 8 milhões- não podia mudar.

Pois "Nellyville" é uma reprise de "Country Grammar", sem andar nem um passo à frente. Sem a vantagem de ser novidade, musicalmente Nelly tem mais a perder do que a ganhar com isso.

Na sombra de rappers comerciais como Puff Daddy e Scarface, Nelly aposta no rap de fácil digestão, com inclinação r'n'b açucarada. Funciona muito bem em faixas como "Dem Boyz", que tem até um certo sotaque sulista. É quente, arrastada, preguiçosa.

Em "Nellyville", faixa que abre o disco, o rap r'n'b de Nelly aparece redondo: sexy e pouco previsível, tem cheiro de Motown.

"Hot in Herre", o maior hit do disco até aqui, mistura two-step e rap da velha-guarda. É pop até dizer chega, mas, de tão bem produzida (pelos velhacos do Neptunes), é irresistível. Ali Nelly capricha no sotaque do sul dos EUA, que ele usa como marca.

Sem ousadias, o disco acaba ficando repetitivo e, por vezes, morno. Até porque aqui não tem polêmica como no disco de Eminem. As letras do álbum ficam mesmo na linha "minhas garotas/meus parceiros/meu rolex".
Então, "Nellyville" é como Miojo: não é ruim..., mas também não é bom.

Nellyville
Artista: Nelly
Lançamento: Universal
Quanto: R$ 27, em média

 

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