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24/08/2002 - 03h25

Rock "macho" e humor careta amornam cerimônia do VMB

CLAUDIA ASSEF
da Folha de S.Paulo

Foi a vitória do certo sobre o duvidoso. Ao festejar CPM 22 e passar batido por gratas novidades como Nega Gizza e Textículos de Mary, a premiação da MTV esteve milhas distante da ousadia num dos eventos mais caretas de sua história.

E não é justo botar a culpa apenas no telespectador da MTV, responsável pela escolha de grande parte dos vencedores. As opções de voto já vieram caducas na raiz.

Na categoria rock, por exemplo, havia a possibilidade de votar em Rodox (grupo do Rodolfo, ex-Raimundos), O Rappa, Titãs e CPM 22. Com essa "cédula" na mão, o fã da MTV preferiu premiar pela enésima vez os "roqueiros" dos Titãs.

O rock "macho" deu a tônica do evento. Na estreante categoria de melhor clipe internacional, ganhou o nu metal do Linkin Park. Não foi surpresa, então, a banda eleita revelação do ano ter sido a paulistana CPM 22, cópia abrasileirada do hardcore comercial de Green Day.

No rap, categoria que tinha concorrentes vigorosos (MV Bill, Rappin" Hood, Sabotage), o eleito foi Xis, popular depois de participar da "Casa dos Artistas" e, de quebra, fazer comerciais de supermercado. Pior para Nega Gizza, irmã de Bill, que concorria com o polêmico e corajoso clipe de "Prostituta".

A premiação foi costurada por paródias do americano "Osbournes". Só que as versões nacionalizadas (os Lima, as Do Brasil, os Nova, os Di Camargo, os Canisso e, campeão da pieguice, os Veloso) pecaram pela caretice. Em vez de mostrar momentos do cotidiano das famílias, as vinhetas tinham cantores tentando ser atores, em historinhas vazias.

As piadinhas com os artistas faziam parte dos esforços da MTV em fazer um evento baseado na autotiração de sarro. Só que, velado e comedido, o mote cômico só teria feito rir se viesse acompanhado de gabarito.
 

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