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27/08/2002 - 08h49

2ª Feira do Livro de Ribeirão Preto espera vender 200 mil títulos

TATIANA UEMURA
da Folha de S.Paulo

Fora do eixo Rio-São Paulo há mercado editorial? A experiência da primeira edição da Feira Nacional do Livro, em Ribeirão Preto (interior de São Paulo), no ano passado, mostrou que sim.

A feira, que recebeu investimento de R$ 1 milhão, espera repetir a marca de 200 mil títulos vendidos, mesmo com o pessimismo do mercado editorial para 2002 (leia texto na pág. 8). O evento é realizado pela prefeitura, pela CBL (Câmara Brasileira do Livro) e pela ANL (Associação Nacional de Livrarias).

"O fato é que nunca houve algo para articular um pólo editorial. Não havia a existência de uma política voltada para o livro. Em 2001, tivemos dificuldades em vender a feira para as grandes editoras, porque ninguém sabia como iria ser", afirma o secretário da Cultura de Ribeirão Preto, Galeno Amorim, 40.

Estruturalmente, a feira, que abre na sexta-feira e termina no próximo dia 8, ficou maior.

"As bienais são insuperáveis. O que queremos é a maior popularização do livro", declara Amorim. "Acho que a crise não vai afetar a feira, porque ela dobrou de tamanho e também se criou uma forte expectativa na sociedade, de gente que esperou o ano inteiro para comprar."

Das 9h às 21h, os 130 mil visitantes aguardados poderão pesquisar os exemplares oferecidos por cerca de 70 expositores, em uma área de 16 mil m2 que vai do Theatro Pedro 2º ao Marp (Museu de Arte de Ribeirão Preto), na região central da cidade.

No ano passado, o evento ficou restrito a um pavilhão fechado no Pedro 2º.

O destaque do ano passado foi a Lei do Livro -Ribeirão Preto foi o primeiro município brasileiro a aprovar legislação nesse sentido. Pela lei, a prefeitura se compromete a incluir em seu orçamento uma verba anual para acervos de bibliotecas públicas e programas de leitura.

Neste ano, segundo Amorim, uma nova lei destinará 0,5% dos orçamentos da Secretaria da Educação e da Secretaria da Cidadania e 1% do orçamento da Secretaria da Cultura para a compra de livros não-didáticos.

De acordo com Amorim, deverão ser inauguradas dez bibliotecas durante a feira. No ano passado foram abertas 11 bibliotecas públicas. Até agosto do ano passado, havia só seis estabelecimentos do tipo na cidade.

Programação
A feira deste ano contará com a presença de 250 escritores.
Neste sábado, às 15h, os escritores Ziraldo e Luiz Puntel participam do Salão de Idéias, no auditório Meira Jr.

Puntel, autor ribeirão-pretano best-seller em livros infantis -2 milhões de exemplares vendidos-, foi escolhido para ser o patrono do evento.
Ainda neste sábado, o Salão de Idéias terá os escritores Ignácio de Loyola Brandão, Menalton Braff (17h) e Adélia Prado (19h). No domingo, é a vez de Marina Colassanti, às 15h.

O jornalista Pedro Bial discute o tema "O Jornalista e O Livro", às 12h30, na próxima terça, no café do Theatro Pedro 2º. Mais tarde, estarão no Salão de Idéias Marcelo Rubens Paiva (15h) e Moacyr Scliar (19h).

Na quarta, tem José Roberto Torero e Julio Chiavenato (19h) e o destaque internacional, o escritor paquistanês Tariq Ali, às 21h.

O Salão de Idéias de quinta conta com José Arbex Jr. e Elias José (15h) e Frei Betto (19h). O penúltimo dia da feira terá o jornalista Luís Nassif, no evento "O Jornalista e o Livro" (12h30), e Pedro Bandeira, no Salão de Idéias (15h). No dia do encerramento, Zuenir Ventura fala no Salão de Idéias, às 15h.

Drummond
Escolhido como escritor homenageado pela feira, o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade -cujo centenário de nascimento é comemorado neste ano- é tema de uma exposição no Hotel Palace, na esplanada do Theatro Pedro 2º.

O acervo, que fica aberto ao público a partir deste sábado até o próximo dia 8, inclui documentação iconográfica e poética da obra do modernista.

Durante a feira, os visitantes poderão assistir gratuitamente a filmes originados a partir de obras literárias. As sessões acontecem às 19h30, no auditório Luiz Puntel.

O primeiro, "O Menino Maluquinho", da obra de Ziraldo, será exibido neste sábado. Seguirão o "Auto da Compadecida" (domingo), "O Que É Isso, Companheiro?" (segunda), "O Xangô de Baker Street" (terça), "Pequeno Dicionário Amoroso" (quarta), "Central do Brasil" (quinta), "O Invasor" (sexta) e "Bicho de Sete Cabeças" (sábado).
 

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