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28/08/2002
-
02h43
da Folha de S.Paulo
Pressionado por entidades de defesa do meio ambiente, o Ministério das Comunicações mandou sigilosamente uma equipe se debruçar sobre um problema que _não de hoje_ é grave: a enorme concentração de antenas da avenida Paulista, em SP.
Fora a poluição visual e a dificuldade em sintonizar emissoras de rádio e falar ao celular, o que mais há de errado naquele emaranhando de transmissores?
Um fenômeno chamado poluição eletromagnética. Só para começar, a descontrolada emissão de ondas magnéticas chega a interferir em equipamentos dos hospitais da região, dificultando a realização de exames e diagnósticos. Algumas clínicas tiveram que blindar as paredes com aço.
Além disso, quem usa marca-passo corre o risco de se sentir mal ao caminhar pela Paulista, onde está a maior concentração de antenas do Brasil -de celulares, TVs e emissoras de rádio.
E isso é só o que já se pode comprovar. "Há estudos que mostraram que a poluição eletromagnética causou câncer em ratos. Ainda não se sabe exatamente as consequências à saúde humana. O problema é que antenas são instaladas sem estudo de impacto ambiental e não há fiscalização adequada", diz Vilmar Berna, presidente da ONG Instituto Brasileiro de Voluntários Ambientais.
Uma das possibilidades aventadas no Ministério das Comunicações, segundo esta coluna apurou, é que se faça um controle mais rígido das potências dos transmissores instalados na avenida. Afinal, os técnicos do governo, mais do que ninguém, sabem muito bem que o que não falta na Paulista é rádio usando potência maior do que a permitida por lei.
Se esse projeto for mesmo para frente e sobreviver à mudança de governo, os donos das antenas instaladas na Paulista têm muito o que temer. Principalmente aqueles que montam _na cara dura_ transmissores potentes para levar rádios piratas ao ar.
Novidades no dial
Paulo Barboza, demitido da Record AM (1.000 kHz), estréia na América (1.410 kHz) na próxima segunda-feira. Tem a missão de tirar a emissora _ligada à Igreja Católica_ da crise de audiência que começou no início de 2002, quando padre Marcelo foi para a Globo e Eli Corrêa, para a Capital.
Que no dial impera uma confusão completa, sem novidades. Mas foi engraçado ouvir o horário eleitoral sábado na Imprensa FM (102,5 MHz), em SP. Em vez da propaganda paulista, estavam no ar os candidatos de Brasília.
Sob pressão, governo estuda poluição de antenas da Paulista
LAURA MATTOSda Folha de S.Paulo
Pressionado por entidades de defesa do meio ambiente, o Ministério das Comunicações mandou sigilosamente uma equipe se debruçar sobre um problema que _não de hoje_ é grave: a enorme concentração de antenas da avenida Paulista, em SP.
Fora a poluição visual e a dificuldade em sintonizar emissoras de rádio e falar ao celular, o que mais há de errado naquele emaranhando de transmissores?
Um fenômeno chamado poluição eletromagnética. Só para começar, a descontrolada emissão de ondas magnéticas chega a interferir em equipamentos dos hospitais da região, dificultando a realização de exames e diagnósticos. Algumas clínicas tiveram que blindar as paredes com aço.
Além disso, quem usa marca-passo corre o risco de se sentir mal ao caminhar pela Paulista, onde está a maior concentração de antenas do Brasil -de celulares, TVs e emissoras de rádio.
E isso é só o que já se pode comprovar. "Há estudos que mostraram que a poluição eletromagnética causou câncer em ratos. Ainda não se sabe exatamente as consequências à saúde humana. O problema é que antenas são instaladas sem estudo de impacto ambiental e não há fiscalização adequada", diz Vilmar Berna, presidente da ONG Instituto Brasileiro de Voluntários Ambientais.
Uma das possibilidades aventadas no Ministério das Comunicações, segundo esta coluna apurou, é que se faça um controle mais rígido das potências dos transmissores instalados na avenida. Afinal, os técnicos do governo, mais do que ninguém, sabem muito bem que o que não falta na Paulista é rádio usando potência maior do que a permitida por lei.
Se esse projeto for mesmo para frente e sobreviver à mudança de governo, os donos das antenas instaladas na Paulista têm muito o que temer. Principalmente aqueles que montam _na cara dura_ transmissores potentes para levar rádios piratas ao ar.
Novidades no dial
Paulo Barboza, demitido da Record AM (1.000 kHz), estréia na América (1.410 kHz) na próxima segunda-feira. Tem a missão de tirar a emissora _ligada à Igreja Católica_ da crise de audiência que começou no início de 2002, quando padre Marcelo foi para a Globo e Eli Corrêa, para a Capital.
Que no dial impera uma confusão completa, sem novidades. Mas foi engraçado ouvir o horário eleitoral sábado na Imprensa FM (102,5 MHz), em SP. Em vez da propaganda paulista, estavam no ar os candidatos de Brasília.
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