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29/08/2002
-
18h10
editor de entretenimento da Folha Online
Um pouco menor que no ano passado, a 29ª edição do Salão Internacional de Humor de Piracicaba ataca, principalmente, neste ano, questões sociais como a guerra no Oriente Médio, desemprego, saúde e globalização. A exposição com os vencedores do salão, que começa no sábado, dia 31, em Piracicaba (a 162 km de São Paulo), terá 239 trabalhos, escolhidos entre cerca de 1.200 inscritos.
Em 2001, o salão recebeu 1.304 trabalhos e selecionou 251 para a mostra. A média tem sido a mesma nos últimos cinco anos, e os trabalhos vêm de mais de 30 países diferentes.
A redução no número de trabalhos, apesar de pequena, é tida como um avanço qualitativo pela organização do evento, não como retração. "Hoje há mais aprimoramento, mais qualidade. Tinha gente que mandava dez trabalhos e hoje manda menos, com maior qualidade", afirma a presidente da comissão organizadora do salão, a designer Joice Joppert Leal.
Primeira mulher à frente do Salão de Humor, ela demonstra expectativa positiva, apesar da crise econômica que afeta o país. "É impressionante como recebemos trabalho de uma geração que se formou na cultura da charge, do cartum e da caricatura. Os trabalhos têm mesmo qualidade."
Criado em 1974 para contestar o regime militar que vigorava no país, o Salão Internacional de Humor de Piracicaba sempre aderiu ao tom crítico. "Humor é uma das coisas mais sérias que existe", diz Joice, para quem os trabalhos fazem críticas construtivas. "É uma maneira mais light de passar uma mensagem, mas tem também outro lado, pois é um mercado muito rico, que ainda precisa ser mais valorizado no país", diz a designer.
Para Joice, o recentemente criado Centro Nacional de Documentação, Pesquisa e Divulgação de Humor, com sede em Piracicaba, deveria ter mais apoio para se firmar como uma instituição nacional. Vinculado ao governo municipal da cidade, o centro de humor fica à mercê da política local e deixa de concretizar todas as propostas apresentadas desde sua fundação, em 1998.
O Salão de Humor de Piracicaba é o mais antigo e mais respeitado evento do gênero no mundo. Neste ano, com uma série de homenagens, o salão também faz uma série de exposições paralelas, como a do acervo do centro de humor, outra de cartunistas de Piracicaba, uma de caricaturas de ícones do jazz, a que homenageia o Rio de Janeiro, outra sobre política do Paulo Caruso, além do lançamento de livros, peças de teatro e de um concurso de piadas.
Os trabalhos serão selecionados neste sábado em Piracicaba e os vencedores, anunciados à noite.
29º Salão Internacional de Humor de Piracicaba
Quando: de 31 de agosto a 13 de outubro, de segunda a domingo, das 10h às 21h
Onde: Parque Engenho Central (av. Maurice Allain, 454, Piracicaba)
Quanto: grátis
Informações: 0/xx/19/3421-3296
Na internet: www.piraonline.com.br/salaodehumor
Veja galeria de imagens do salão
Leia mais:
FMI, Oriente Médio e Ronaldinho Gaúcho dominam Salão de Humor
Pouco menor, Salão de Humor de Piracicaba mantém crítica social
MARCELO BARTOLOMEIeditor de entretenimento da Folha Online
Um pouco menor que no ano passado, a 29ª edição do Salão Internacional de Humor de Piracicaba ataca, principalmente, neste ano, questões sociais como a guerra no Oriente Médio, desemprego, saúde e globalização. A exposição com os vencedores do salão, que começa no sábado, dia 31, em Piracicaba (a 162 km de São Paulo), terá 239 trabalhos, escolhidos entre cerca de 1.200 inscritos.
Em 2001, o salão recebeu 1.304 trabalhos e selecionou 251 para a mostra. A média tem sido a mesma nos últimos cinco anos, e os trabalhos vêm de mais de 30 países diferentes.
A redução no número de trabalhos, apesar de pequena, é tida como um avanço qualitativo pela organização do evento, não como retração. "Hoje há mais aprimoramento, mais qualidade. Tinha gente que mandava dez trabalhos e hoje manda menos, com maior qualidade", afirma a presidente da comissão organizadora do salão, a designer Joice Joppert Leal.
Primeira mulher à frente do Salão de Humor, ela demonstra expectativa positiva, apesar da crise econômica que afeta o país. "É impressionante como recebemos trabalho de uma geração que se formou na cultura da charge, do cartum e da caricatura. Os trabalhos têm mesmo qualidade."
Reprodução |
Charge inscrita no Salão de Humor que critica a pedofilia entre padres |
Criado em 1974 para contestar o regime militar que vigorava no país, o Salão Internacional de Humor de Piracicaba sempre aderiu ao tom crítico. "Humor é uma das coisas mais sérias que existe", diz Joice, para quem os trabalhos fazem críticas construtivas. "É uma maneira mais light de passar uma mensagem, mas tem também outro lado, pois é um mercado muito rico, que ainda precisa ser mais valorizado no país", diz a designer.
Para Joice, o recentemente criado Centro Nacional de Documentação, Pesquisa e Divulgação de Humor, com sede em Piracicaba, deveria ter mais apoio para se firmar como uma instituição nacional. Vinculado ao governo municipal da cidade, o centro de humor fica à mercê da política local e deixa de concretizar todas as propostas apresentadas desde sua fundação, em 1998.
O Salão de Humor de Piracicaba é o mais antigo e mais respeitado evento do gênero no mundo. Neste ano, com uma série de homenagens, o salão também faz uma série de exposições paralelas, como a do acervo do centro de humor, outra de cartunistas de Piracicaba, uma de caricaturas de ícones do jazz, a que homenageia o Rio de Janeiro, outra sobre política do Paulo Caruso, além do lançamento de livros, peças de teatro e de um concurso de piadas.
Os trabalhos serão selecionados neste sábado em Piracicaba e os vencedores, anunciados à noite.
29º Salão Internacional de Humor de Piracicaba
Quando: de 31 de agosto a 13 de outubro, de segunda a domingo, das 10h às 21h
Onde: Parque Engenho Central (av. Maurice Allain, 454, Piracicaba)
Quanto: grátis
Informações: 0/xx/19/3421-3296
Na internet: www.piraonline.com.br/salaodehumor
Veja galeria de imagens do salão
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