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04/09/2002 - 11h08

"Jornal Nacional" é o que mais perde audiência com horário eleitoral

ANNA LEE
free-lance para a Folha

O horário eleitoral gratuito, exibido pelas TVs abertas desde o dia 20 de agosto, de segunda a sábado, das 13h às 13h50 e das 20h30 às 21h20, tem causado estrago na audiência de programas que foram antecipados ou adiantados nas grades de programação em função da propaganda política.

O "Jornal Nacional", da Rede Globo, foi o que mais perdeu audiência, segundo o Ibope, na Grande SP, nos períodos de 20 a 31 de agosto e de 8 a 19 de agosto -este anterior ao início do horário político. No último, o "JN" teve média de 38 pontos (cada ponto equivale a 47 mil domicílios), contra a média de 34 registrada desde a estréia da programação política. O "JN" teve seu horário antecipado das 20h15 para as 20h.

O levantamento do Ibope mostra que a Globo e o SBT foram as mais afetadas. Dos dez programas que tiveram maior queda de audiência, entre os que antecedem e os que seguem o horário eleitoral, quatro são da Globo ("JN", "Esperança", "Jornal Hoje" e "Vídeo Show"), quatro do SBT ("Marisol", "Programa do Ratinho", "Um Maluco no Pedaço" e "Festolândia"), um da Bandeirantes ("Sobcontrole") e um da Rede TV! ("Interligado Games").

"É natural que a Globo e o SBT sofram mais com o horário eleitoral já que têm mais audiência. O efeito na programação é péssimo", disse Luis Erlanger, diretor de Comunicação da Globo.

"Marisol", do SBT, aparece como o segundo que teve maior queda de audiência: de 18 para 15. Por estratégia, a novela foi dividida em dois blocos: de 20h às 20h30 e de 21h20 às 21h40. Segundo o diretor de programação, Mauro Lissoni, a intenção foi "continuar concorrendo com "Esperança", já que antes do horário eleitoral tinha bom desempenho em cima da novela da Globo".

De qualquer forma, "Esperança" teve menor queda de audiência do que "Marisol". De 41 pontos caiu para 39. Perdeu dois pontos, assim como o "Jornal Hoje" e o "Vídeo Show", da Globo, e o "Programa do Ratinho" e "Um Maluco no Pedaço", do SBT.

A Rede TV! também optou por manter a estratégia de programação de antes do horário político. Antecipou a novela "Betty, a Feia", das 20h15 para as 20h, para que continuasse coincidindo com o "JN". "Somos os menos castigados pois somos uma alternativa às emissoras maiores", disse o vice-presidente Marcelo Carvalho.

Na Bandeirantes, segundo o diretor de programação, Rogério Gallo, os efeitos do horário político são sentidos nos intervalos comerciais. "Não fazemos intervalos maiores do que três minutos para não haver evasão de audiência. Com a propaganda política, esse tempo foi para cinco minutos." As emissoras têm que ceder 40 minutos por dia em seus intervalos comerciais para os políticos. Segundo Hélio Vargas, diretor de programação da Record, "a rede teve queda de 30% de audiência".
 

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