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09/09/2002
-
03h52
free-lance para a Folha
Conhecida por suas excelentes gravações de música barroca com instrumentos de época, a Orchestra of the Age of Enlightenment (Orquestra da Era do Iluminismo) faz, nesta semana, três apresentações em São Paulo.
Fundado no Reino Unido, no ano de 1986, o grupo está associado a duas batutas de renome: Frans Brüggen e Simon Rattle, que são seus regentes convidados principais.
Por aqui, a orquestra, que funciona em sistema de autogestão, se apresenta sob a direção de seus primeiros violinos: Catherine Mackintosh é a "spalla" dos concertos de hoje e amanhã, ficando a récita remanescente a cargo de Alison Bury.
Concentrada no repertório do século 18, a turnê privilegia música vocal. Sua principal estrela é a soprano britânica Emma Kirkby, 53, de vasta carreira fonográfica, que interpreta Händel amanhã e depois de amanhã.
Artistas líricos tradicionais, como Carreras, Domingo e Pavarotti, costumam cantar com bastante vibrato (oscilação de altura em uma única nota durante a execução). Kirkby foi uma das pioneiras na utilização restrita do vibrato na interpretação do repertório barroco, e, hoje, seu estilo de cantar "liso" (ou seja, sem vibrato) é a regra entre cantores que atuam com grupos de instrumentos de época, já que estes conjuntos também têm por hábito banir o vibrato dos instrumentos de cordas, tocando ainda com maior ênfase na articulação e clareza, e fazendo escolhas de tempo mais ágeis do que as formações de instrumentos modernos.
O parceiro de Kirkby na apresentação da quarta-feira deveria ser o renomado contratenor (voz masculina em registro de contralto) Michael Chance. No lugar dele, contudo, acabou sendo escalado Daniel Taylor, um contratenor canadense que já fez gravações com especialistas em música antiga como John Eliot Gardiner, William Christie e Christopher Hogwood.
Taylor é o solista único da apresentação de hoje, em "Ich Habe Genug", cantata de n.82, de J.S. Bach; e no "Stabat Mater", de Vivaldi. Amanhã, além de Kirkby, a apresentação conta com solo do oboísta Anthony Robson, no "Concerto op.9 n.2", de Albinoni.
ORCHESTRA OF THE AGE OF ENLIGHTENMENT
Quando: hoje, amanhã e quarta, às 21h
Onde: teatro Cultura Artística (r. Nestor Pestana, 196, tel. 3258-3616)
Quanto: R$ 100 a R$ 200 (R$ 10 para estudantes até 30 anos, meia hora antes dos concertos)
Patrocínio: Bovespa, Telefônica, Votorantim
Orquestra britânica traz barroco a São Paulo
IRINEU FRANCO PERPÉTUOfree-lance para a Folha
Conhecida por suas excelentes gravações de música barroca com instrumentos de época, a Orchestra of the Age of Enlightenment (Orquestra da Era do Iluminismo) faz, nesta semana, três apresentações em São Paulo.
Fundado no Reino Unido, no ano de 1986, o grupo está associado a duas batutas de renome: Frans Brüggen e Simon Rattle, que são seus regentes convidados principais.
Por aqui, a orquestra, que funciona em sistema de autogestão, se apresenta sob a direção de seus primeiros violinos: Catherine Mackintosh é a "spalla" dos concertos de hoje e amanhã, ficando a récita remanescente a cargo de Alison Bury.
Concentrada no repertório do século 18, a turnê privilegia música vocal. Sua principal estrela é a soprano britânica Emma Kirkby, 53, de vasta carreira fonográfica, que interpreta Händel amanhã e depois de amanhã.
Artistas líricos tradicionais, como Carreras, Domingo e Pavarotti, costumam cantar com bastante vibrato (oscilação de altura em uma única nota durante a execução). Kirkby foi uma das pioneiras na utilização restrita do vibrato na interpretação do repertório barroco, e, hoje, seu estilo de cantar "liso" (ou seja, sem vibrato) é a regra entre cantores que atuam com grupos de instrumentos de época, já que estes conjuntos também têm por hábito banir o vibrato dos instrumentos de cordas, tocando ainda com maior ênfase na articulação e clareza, e fazendo escolhas de tempo mais ágeis do que as formações de instrumentos modernos.
O parceiro de Kirkby na apresentação da quarta-feira deveria ser o renomado contratenor (voz masculina em registro de contralto) Michael Chance. No lugar dele, contudo, acabou sendo escalado Daniel Taylor, um contratenor canadense que já fez gravações com especialistas em música antiga como John Eliot Gardiner, William Christie e Christopher Hogwood.
Taylor é o solista único da apresentação de hoje, em "Ich Habe Genug", cantata de n.82, de J.S. Bach; e no "Stabat Mater", de Vivaldi. Amanhã, além de Kirkby, a apresentação conta com solo do oboísta Anthony Robson, no "Concerto op.9 n.2", de Albinoni.
ORCHESTRA OF THE AGE OF ENLIGHTENMENT
Quando: hoje, amanhã e quarta, às 21h
Onde: teatro Cultura Artística (r. Nestor Pestana, 196, tel. 3258-3616)
Quanto: R$ 100 a R$ 200 (R$ 10 para estudantes até 30 anos, meia hora antes dos concertos)
Patrocínio: Bovespa, Telefônica, Votorantim
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