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12/09/2002 - 04h12

"Dores de Amores" vira trilogia aos 13 anos

VALMIR SANTOS
da Folha de S.Paulo

A cama segue como a principal arena do casal. E o polêmico pênis artificial de duas pontas, que fez espectadores rasgarem o programa da peça, ganha status de "terceiro" protagonista na continuação de "Dores de Amores" _para além de objeto do desejo, objeto das revelações.

Estrelada por Malu Mader (depois Drica Moraes) e Taumaturgo Ferreira, a peça escrita por Léo Lama e dirigida por Roberto Lage em 1989 virou uma trilogia, 13 anos depois.

"Dores de Amores 2 - O Andrógino" e "Dores de Amores 3 - A Nova Eva" estréiam neste final de semana no teatro Augusta, em São Paulo, ambas dirigidas pelo próprio autor, filho do dramaturgo Plínio Marcos.

Em "Dores 2", que estréia amanhã, o acessório de sex shop é mote para Ele e Ela reverem seus papéis sexuais. Experimentam a inversão e se dão bem, apesar do questionamento sem fim.

"Um dos grandes problemas da sociedade é considerar o corpo humano como natural, quando, para mim, ele será sempre simbólico. Ele é estimulado apenas de forma naturalista, a partir do tesão, do sexual, desprezando-se o sensorial", afirma Lama, 37.

"Isso gera frustração, transferência, posse e sufoco nas relações", conclui.

Em "Dores 3", "uma tragédia sem pudores", que estréia no sábado, o pênis de látex se torna metáfora para vôos místicos.
"A terceira história questiona o milagre do amor, a obrigação de ser feliz. É uma purgação. O casal vai a fundo e se transforma."

O ator Marcelo Marcus Fonseca é Ele nas duas montagens. Thais Pimpão vive Ela na segunda parte; Eliana Cesar assume Ela na derradeira história.

DORES DE AMORES 2 - O ANDRÓGINO.
Texto e direção: Léo Lama. Quando: estréia amanhã, às 21h30; sex., às 21h30, e sáb., às 20h.

DORES DE AMORES 3 - A NOVA EVA.
Texto e direção: Léo Lama. Quando: estréia sáb., às 22h30; sáb., às 22h30, e dom., às 19h. Onde: ambas as peças no teatro Augusta - sala Experimental (r. Augusta, 943, região central, tel. 0/xx/ 11/31 51-41 41). Quanto: R$ 20.
 

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