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30/09/2002 - 02h10

Sonho norteia estréia de diretor brasileiro em "A Festa de Margarette"

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
da Folha de S. Paulo

Tudo começou com um sonho e terminou se tornando outro. Há dez anos, enquanto dormia, nasceu na cabeça do diretor Renato Falcão, 39, a história de um pobretão que deseja ardentemente dar uma festa de aniversário para sua mulher.

Era a origem do que se tornaria "A Festa de Margarette", a estréia do gaúcho Falcão na direção de longas, após toda uma carreira dedicada à direção de fotografia na sétima arte.

"Fui escrevendo o roteiro e, quando achei que tinha realmente virado um filme, me dei conta de que não havia nenhum diálogo. Nesse momento, um roteirista normal iria inserir as falas. Eu resolvi que manteria o filme assim, mudo. Depois adotei o preto-e-branco para aprofundar a estética", afirma o cineasta.

Mudo, sem cores e rodado em 18 quadros por segundo, quando o padrão é 24, "A Festa" parece inspirado em clássicos de Charles Chaplin, como "Tempos Modernos" (1936). "Não foi proposital. Mas fico feliz que me comparem a um cineasta que admiro."

Hique Gomez protagoniza o filme e é o responsável pela trilha sonora, que substitui as falas durante os 80 minutos de duração. Ele é o sonhador "em busca da felicidade, nem que seja só por um dia", como define o diretor.

A data do aniversário se aproxima, e o sonhador acaba despedido. Em vez de contar a verdade ao chegar em casa, ele embarca em seu delírio e diz que foi promovido. A utopia ganha uma forma desmedida e o fim se distanciará do sonho original.

Ao custo de US$ 200 mil, o filme foi lançado no Festival de Havana de Nova York, onde Falcão mora há sete anos, e abriu o Festival do Ceará deste ano, em junho, onde era o único brasileiro inédito. "Não acho que isso seja o mais importante. Nossa missão é nos preocuparmos em criar público para o cinema nacional."

"A Festa de Margarette"
Direção: Renato Falcão
Com: Hique Gomez, Ilana Kaplan.
Quando: hoje, às 18h30, no Cine Odeon, e amanhã, às 14h e às 19h, no Estação Ipanema.

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