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01/10/2002 - 02h55

Porto Alegre derrapa na curadoria dos espetáculos internacionais.

VALMIR SANTOS
da Folha de S.Paulo, em Porto Alegre

O público estava lá, de 70 a 80 mil espectadores nos 16 dias de festival. O ingresso permaneceu subsidiado a R$ 5, apesar da redução do orçamento em R$ 600 mil (de R$ 1,9 milhão para R$ 1,3 milhão). Mas o 9º Porto Alegre em Cena, encerrado no domingo, derrapou na curadoria dos espetáculos internacionais.

"Faltou ousadia artística de minha parte", afirma o coordenador-geral do evento, Marcos Barreto, 43. Ele diz que foi "voto vencido" em decisões do conselho que define a programação.

Como a maioria dos espectadores, Barreto ficou frustrado, por exemplo, com "Felliniana", do italiano Potlach, que não convenceu na transposição dos personagens de Federico Fellini para o palco. O projeto foi selecionado por vídeo, método que a organização agora promete evitar.

Foi a primeira edição sem o comando do produtor e diretor Luciano Alabarse. Ele pontuou a programação dos anos anteriores com artistas consagrados na cena internacional, como o encenador inglês Peter Brook e a coreógrafa alemã Sasha Waltz.

Entre as cinco atrações estrangeiras deste ano, Barreto destaca a produção boliviana do Teatro de los Andes, "La Ilíada". Escrito há 3.000 anos, o poema épico de Homero ajuda a interpretar as guerras contemporâneas.

Estabelece simbiose com os gaúchos da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, que recria a mitologia grega em "Aos Que Virão Depois de Nós -Kassandra in Process". Durante três horas, e sob o olhar feminino da protagonista, reverberam conflitos étnicos, nazismo, terrorismo etc.

Em nível nacional, Porto Alegre reuniu companhias como Privilegiados (RJ), Cia. Amok (RJ), Cia. dos Atores (RJ), Mystérios e Novidades (RJ), Parlapatões (SP), Cia. Livre (SP), Boa Cia. (SP), Galpão (MG) e Armatrux (MG).

O jornalista Valmir Santos viajou a convite da organização do festival
 

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