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05/10/2002
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03h13
O livro "Reis Negros no Brasil Escravista", de Marina de Mello e Souza, faz parte de uma pequena revolução historiográfica nos recentes estudos sobre a escravidão.
Desde meados dos anos 80, o professor da Universidade de Campinas Robert Slenes conduz grupos de pesquisa sobre o assunto. Slenes é autor de um estudo chamado "Na Senzala, uma Flor" (Nova Fronteira, 2000), no qual demonstra como a constituição da família escrava era uma forma de resistência ao sistema de trabalho forçado.
Ao dar ênfase na maneira como os negros se integravam à escravidão, o pesquisador abriu caminho para uma série de novos estudos sobre o tema.
Ao lado de Ronaldo Vainfas, Sidney Chalhoub e Hebe Maria Mattos, Marina de Mello e Souza deu sua contribuição para mudar a visão que se tem sobre a herança africana, marcada tanto pela resistência como pela integração.
O principal desafio desses pesquisadores agora é conseguir se voltar para a África, esclarecendo aspectos fundamentais da história brasileira à luz das culturas e sociedades africanas.
Mas o estudo da história da África é recente no Brasil. Na Universidade de São Paulo, a cadeira tem apenas quatro anos, e Mello e Souza é a segunda professora a prestar concurso e ocupar a vaga.
Só agora a disciplina se tornou obrigatória para os alunos do curso. "Queria ver o dia em que a história da África será ensinada no segundo grau, como se faz com a Europa", diz ela.
Estudo do continente africano ganha mais importância
Free-lance para a Folha de S.PauloO livro "Reis Negros no Brasil Escravista", de Marina de Mello e Souza, faz parte de uma pequena revolução historiográfica nos recentes estudos sobre a escravidão.
Desde meados dos anos 80, o professor da Universidade de Campinas Robert Slenes conduz grupos de pesquisa sobre o assunto. Slenes é autor de um estudo chamado "Na Senzala, uma Flor" (Nova Fronteira, 2000), no qual demonstra como a constituição da família escrava era uma forma de resistência ao sistema de trabalho forçado.
Ao dar ênfase na maneira como os negros se integravam à escravidão, o pesquisador abriu caminho para uma série de novos estudos sobre o tema.
Ao lado de Ronaldo Vainfas, Sidney Chalhoub e Hebe Maria Mattos, Marina de Mello e Souza deu sua contribuição para mudar a visão que se tem sobre a herança africana, marcada tanto pela resistência como pela integração.
O principal desafio desses pesquisadores agora é conseguir se voltar para a África, esclarecendo aspectos fundamentais da história brasileira à luz das culturas e sociedades africanas.
Mas o estudo da história da África é recente no Brasil. Na Universidade de São Paulo, a cadeira tem apenas quatro anos, e Mello e Souza é a segunda professora a prestar concurso e ocupar a vaga.
Só agora a disciplina se tornou obrigatória para os alunos do curso. "Queria ver o dia em que a história da África será ensinada no segundo grau, como se faz com a Europa", diz ela.
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