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15/10/2002
-
11h47
da Folha de S. Paulo
Difícil assistir à série "Cidade dos Homens", que estréia hoje na Globo, e não imaginar oportunismo: tudo na produção remete ao filme "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles.
Dividida em quatro episódios, a série marca o início da parceria da emissora com produtoras independentes -neste caso, com a 02 Filmes, de Meirelles. "A Globo precisa de ares novos de vez em quando", diz o cineasta. Assim como no filme, o tema é o universo das favelas cariocas e utiliza atores não-profissionais.
Meirelles diz que a produção foi encomendada no ano passado. "A série é um complemento. No filme, fiquei chateado porque não consegui explorar a questão da comunidade da favela, o foco ficou no tráfico. Nesta série, a comunidade é o destaque."
Os surpreendentes Douglas Silva e Darlan Cunha (que interpretaram Dadinho e Filé com Fritas no filme) confirmam seus potenciais dramáticos nos papéis dos protagonistas Acerola e Laranjinha, dois garotos que tentam sobreviver em meio às dificuldades da favela. A violência é atenuada e um humor sutil areja a produção.
No episódio "A Coroa do Imperador", os garotos precisam de R$ 6,50 para uma excursão de escola e é feita uma inteligente analogia entre as disputas de facções rivais do tráfico e as guerras napoleônicas.
Em "Correio", é abordado o problema da entrega de cartas na favela; Em "O Cunhado do Cara", que Meirelles define como uma espécie de "Macbeth", Acerola ganha o respeito dos moradores da favela ao se tornar cunhado de um poderoso traficante local. "Uolace e João Vitor", dirigido por Meirelles e Regina Casé, é o único que adota linguagem mais dramática para mostrar as diferenças sociais entre um garoto pobre e outro de classe média.
Trata-se de nova fórmula? "O público sempre se interessou pelo assunto. O fato é que dificilmente a TV e o cinema mostravam o lado dos marginalizados", diz.
CIDADE DOS HOMENS
Quando: de hoje a sexta, às 22h50
Onde: Globo
"Cidade dos Homens" estréia hoje na Globo e complementa filme
BRUNO YUTAKA SAITOda Folha de S. Paulo
Difícil assistir à série "Cidade dos Homens", que estréia hoje na Globo, e não imaginar oportunismo: tudo na produção remete ao filme "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles.
Dividida em quatro episódios, a série marca o início da parceria da emissora com produtoras independentes -neste caso, com a 02 Filmes, de Meirelles. "A Globo precisa de ares novos de vez em quando", diz o cineasta. Assim como no filme, o tema é o universo das favelas cariocas e utiliza atores não-profissionais.
Meirelles diz que a produção foi encomendada no ano passado. "A série é um complemento. No filme, fiquei chateado porque não consegui explorar a questão da comunidade da favela, o foco ficou no tráfico. Nesta série, a comunidade é o destaque."
Os surpreendentes Douglas Silva e Darlan Cunha (que interpretaram Dadinho e Filé com Fritas no filme) confirmam seus potenciais dramáticos nos papéis dos protagonistas Acerola e Laranjinha, dois garotos que tentam sobreviver em meio às dificuldades da favela. A violência é atenuada e um humor sutil areja a produção.
No episódio "A Coroa do Imperador", os garotos precisam de R$ 6,50 para uma excursão de escola e é feita uma inteligente analogia entre as disputas de facções rivais do tráfico e as guerras napoleônicas.
Em "Correio", é abordado o problema da entrega de cartas na favela; Em "O Cunhado do Cara", que Meirelles define como uma espécie de "Macbeth", Acerola ganha o respeito dos moradores da favela ao se tornar cunhado de um poderoso traficante local. "Uolace e João Vitor", dirigido por Meirelles e Regina Casé, é o único que adota linguagem mais dramática para mostrar as diferenças sociais entre um garoto pobre e outro de classe média.
Trata-se de nova fórmula? "O público sempre se interessou pelo assunto. O fato é que dificilmente a TV e o cinema mostravam o lado dos marginalizados", diz.
CIDADE DOS HOMENS
Quando: de hoje a sexta, às 22h50
Onde: Globo
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