Publicidade
Publicidade
15/10/2002
-
11h50
enviado especial a Cuba
Sempre com um charuto à mão, o músico cubano Francisco Repilado, o Compay Segundo, chega aos 95 anos em novembro com um novo filme na carreira. A comemoração dá início também a uma série de ações de marketing pelo uso da imagem do músico, que inclui uma rede de restaurantes com seu nome e o licenciamento de marcas.
Depois de ter co-estrelado "Buena Vista Social Club" (1999) ao lado de outros músicos cubanos, Compay Segundo vira personagem principal de um documentário que conta a história de sua vida, com crônicas, histórias e testemunhos.
Produzido pela TV cubana e dirigido pelo jornalista Julio Aganda, o filme terá 45 minutos e será exibido no dia 18 de novembro para seletos convidados do jantar de aniversário. Depois, o média-metragem será exibido na TV cubana e vendido para o mundo, à espera do mesmo sucesso do filme do alemão Wim Wenders.
Com a saúde fragilizada, Compay não tira do rosto o sorriso e a simpatia que cativaram o mundo com a canção "Chan Chan", de 87, marca do "Buena Vista". Com dificuldade para andar e perda da audição, ele vive sob os cuidados do filho Salvador, com uma invejável disposição capaz de garantir suas apresentações em público pelo mundo.
Que a idade não o comprometa, sonha em aumentar a família, de cinco para seis filhos. "Não me canso por nada. Sinto-me como se tivesse 15 anos. Estou só começando", afirmou, frente ao mar do Caribe, em um raro e rápido passeio pela costa cubana, sem poder tomar vento nem sol.
De histórias, qualquer documentário sobre Compay Segundo é rico: da escalada do menino que cuidou da avó em Siboney, cidade de costa, e que, depois de ter se mudado para Santiago de Cuba, tocou violão e clarinete, ao episódio do funcionário que, após ver o triunfo da revolução, em 59, deu um charuto "Monte Cristo" nas mãos de Che Guevara.
Mesmo que a saúde falte, Compay Segundo cantarola, batuca e conta também suas aventuras em Cuba, antes, e, pelo mundo, depois da fama.
Uma exposição de fotos, partituras e pinturas que artistas cubanos fizeram para Compay Segundo também será realizada no hotel Nacional, um dos poucos locais onde ainda é possível vê-lo cantando profissionalmente.
Além disso, Compay Segundo pode virar marca de café, tabaco, cerâmica e de uma cadeia de restaurantes, nem tão simples quanto os "paladares" cubanos nem tão sofisticados como os de cozinha internacional.
Mesmo com toda essa agenda, Compay Segundo ainda arruma fôlego para gravar um novo CD, que deve ser lançado em 2003 e ainda tem sido mantido em segredo pelos produtores cubanos.
O jornalista Marcelo Bartolomei viajou a convite do Ministério do Turismo de Cuba
Músico cubano Compay Segundo faz 95 anos e é tema de novo filme
MARCELO BARTOLOMEIenviado especial a Cuba
Sempre com um charuto à mão, o músico cubano Francisco Repilado, o Compay Segundo, chega aos 95 anos em novembro com um novo filme na carreira. A comemoração dá início também a uma série de ações de marketing pelo uso da imagem do músico, que inclui uma rede de restaurantes com seu nome e o licenciamento de marcas.
Depois de ter co-estrelado "Buena Vista Social Club" (1999) ao lado de outros músicos cubanos, Compay Segundo vira personagem principal de um documentário que conta a história de sua vida, com crônicas, histórias e testemunhos.
Produzido pela TV cubana e dirigido pelo jornalista Julio Aganda, o filme terá 45 minutos e será exibido no dia 18 de novembro para seletos convidados do jantar de aniversário. Depois, o média-metragem será exibido na TV cubana e vendido para o mundo, à espera do mesmo sucesso do filme do alemão Wim Wenders.
Com a saúde fragilizada, Compay não tira do rosto o sorriso e a simpatia que cativaram o mundo com a canção "Chan Chan", de 87, marca do "Buena Vista". Com dificuldade para andar e perda da audição, ele vive sob os cuidados do filho Salvador, com uma invejável disposição capaz de garantir suas apresentações em público pelo mundo.
Que a idade não o comprometa, sonha em aumentar a família, de cinco para seis filhos. "Não me canso por nada. Sinto-me como se tivesse 15 anos. Estou só começando", afirmou, frente ao mar do Caribe, em um raro e rápido passeio pela costa cubana, sem poder tomar vento nem sol.
De histórias, qualquer documentário sobre Compay Segundo é rico: da escalada do menino que cuidou da avó em Siboney, cidade de costa, e que, depois de ter se mudado para Santiago de Cuba, tocou violão e clarinete, ao episódio do funcionário que, após ver o triunfo da revolução, em 59, deu um charuto "Monte Cristo" nas mãos de Che Guevara.
Mesmo que a saúde falte, Compay Segundo cantarola, batuca e conta também suas aventuras em Cuba, antes, e, pelo mundo, depois da fama.
Uma exposição de fotos, partituras e pinturas que artistas cubanos fizeram para Compay Segundo também será realizada no hotel Nacional, um dos poucos locais onde ainda é possível vê-lo cantando profissionalmente.
Além disso, Compay Segundo pode virar marca de café, tabaco, cerâmica e de uma cadeia de restaurantes, nem tão simples quanto os "paladares" cubanos nem tão sofisticados como os de cozinha internacional.
Mesmo com toda essa agenda, Compay Segundo ainda arruma fôlego para gravar um novo CD, que deve ser lançado em 2003 e ainda tem sido mantido em segredo pelos produtores cubanos.
O jornalista Marcelo Bartolomei viajou a convite do Ministério do Turismo de Cuba
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice