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30/10/2002 - 02h50

Exclusividade de entrevistas de Lula à Globo desagrada TVs

LAURA MATTOS
da Folha de S.Paulo

O fato de Lula ter dado suas duas primeiras entrevistas com exclusividade à Globo desagradou as emissoras concorrentes.

"Está óbvio que Lula fez uma opção preferencial pela Globo. Desconheço as razões do privilégio concedido apenas a uma rede", disse o jornalista Boris Casoy, da Record, que fez ciclos de entrevistas com os candidatos à Presidência e mediou o debate no primeiro turno.

"Deve ser um reconhecimento ao "apoio" que a emissora deu a Lula durante toda a sua carreira política. Gosto não se discute", ironizou o âncora do "Jornal da Record" e do "Passando a Limpo".

"Pessoalmente, considero a decisão de exclusividade um erro grave do presidente eleito. Nessas ocasiões, a expectativa é que toda a imprensa deva ser tratada igualmente", afirmou.

Fernando Mitre, diretor de jornalismo da Band -que também realizou debate e entrevistas com os presidenciáveis- concorda. "Não há dúvida de que uma entrevista coletiva seria adequada nessa situação. Entendo [a exclusividade" como equívoco de agenda."

MTV

O canal que mais teve dificuldades em receber os presidenciáveis em seus programas foi a MTV -que, pela primeira vez, decidiu investir nas eleições.

Convidou a todos, mas, no primeiro turno, só conseguiu levar Ciro Gomes ao "Gordo à Go-Go" e, no segundo, José Serra ao "Tome Conta do Brasil", criado para a cobertura eleitoral. "Acredito que as pessoas ainda não tenham noção da importância do voto dos jovens. Os políticos tiveram alguma resistência a aceitar nossos convites, também, provavelmente, pela irreverência do canal. Mas esta eleição serviu para apresentarmos a eles e ao telespectador nossa maneira de cobrir o assunto, com a linguagem do nosso público", diz a diretora de programação Cris Lobo.
 

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