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04/11/2002 - 08h26

Trama cria circuito para aproximar artistas de universitários

GUILHERME WERNECK
da Folha de S.Paulo

Tom Zé, Lenine, Otto, Nação Zumbi, Max de Castro, Cordel do Fogo Encantado, DJ Patife, DJ Marcelinho e DJ Ilya Simione.

Esse é o time de embaixadores convocados pela Trama -todos são artistas da gravadora, exceto Lenine (que é do elenco da BMG, mas tem todas as suas músicas editadas pela Trama) - para levar a nova música brasileira ao público universitário.

A partir da próxima sexta (8/11), tem início em São Paulo o Circuito Universitário -uma série de grandes shows, com participação de pelo menos dois artistas, feitos em universidades paulistas ou em locais próximos a elas.

Ao todo, há cinco datas confirmadas: duas em São Paulo, uma em Piracicaba, uma em Ribeirão Preto e uma em Bauru. O projeto ainda prevê mais uma data em São José do Rio Preto, ainda sem confirmação.

Em São Paulo, os shows serão no velódromo da USP, que comporta 8.000 pessoas. Lá será montado um palco móvel com luz, som e um "videowall".

Marcelinho, ex-dj do Câmbio Negro, abre a noite com sua técnica impecável nos scratches. Depois, Tom Zé apresenta a sua música incendiária, Lenine faz show baseado em seu último álbum, "Falange Canibal", e Patife quebra tudo com o seu drum'n'bass cheio de bossa.

Idealizador do projeto, João Marcello Bôscoli, 30, um dos presidentes da Trama, diz que não está inventando nada de novo.

"Na verdade, conheci a idéia quando era moleque e muitos artistas faziam o circuito universitário, entre eles a Elis [Regina", minha mãe. Em casa, ela e o César [Camargo" Mariano se referiam aos shows do circuito universitário como uma experiência mágica, pois eles falavam com um público de cabeça aberta, cheio de curiosidades", diz.

Para não dar bola fora, antes de escolher os artistas que se apresentarão no circuito, a gravadora ouviu os estudantes por meio de seus centros e diretórios acadêmicos. "É um show da Trama.

Demos um leque de opções aos diretórios acadêmicos e eles elaboraram as listas.

Nomes como Nação Zumbi, Otto, Cordel do Fogo Encantado e até Fernanda Porto são muito fortes entre os estudantes e aparecem ao lado de artistas de outras gravadoras como Pato Fu, Lobão e Nando Reis", diz.

A escolha da universidade como palco não é gratuita. Faz parte de um marketing que aposta na aproximação dos artistas da gravadora com os estudantes, uma vez que muitos deles estão fora do esquemão das rádios, que repetem as músicas de trabalho até a náusea.

A idéia original previa shows nos campi das universidades, mas, como alguns não comportavam um grande público com segurança, a maior parte deles será em casas noturnas próximas às faculdades.

 

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