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07/11/2002
-
03h17
da Folha de S.Paulo
O grupo Bando de Teatro Olodum, de Salvador, acrescenta novo projeto aos 12 anos de história em que o palco jamais foi dissociado das questões sociais contemporâneas (discriminação racial, fome, violência urbana etc.).
"Relatos de uma Guerra que Não Acabou" estréia amanhã no teatro Vila Velha. Resulta de pesquisas cênica e dramatúrgica feitas em seis bairros da periferia.
Com direção de Márcio Meirelles e Chica Carelli, quer retratar o cotidiano de violência na sociedade brasileira a partir da vivência do elenco com a população dos subúrbios da capital baiana.
No ano passado, quando o Bando de Teatro Olodum estreava a montagem de "Material Fatzer", inspirada em "O Declínio do Egoísta Johann Fatzer", de Brecht, eclodiu uma greve geral das polícias Civil e Militar da Bahia, instaurando o caos em Salvador.
Aquele episódio motivou o grupo a reestreitar sua relação com os bairros mais afastados. As comunidades já assistiam aos espetáculos do Olodum, mas agora despontam como protagonistas da cena, avalia Meirelles. Dezessete jovens dos bairros contracenam com os 12 atores do grupo.
Entre os relatos, estão o de um menino que vende amendoim, colhe agressões na rua e em casa e as reproduz com comportamento violento; um aluno que leva um tiro na escola por não usar crachá e a degradação de uma família causada pelo alcoolismo.
Ao contrário das outras montagens do grupo, "Relatos..." não inclui trilha sonora. As coreografias, assinadas por Zebrinha, serão realizadas em silêncio.
O Bando de Teatro Olodum ocupa o teatro Vila Velha desde 94, espaço mantido pela Sociedade Teatro dos Novos, que agrega outras companhias, como Simples Rap'Ortagem, Vila Vox e Teatro dos Novos.
RELATOS DE UMA GUERRA QUE NÃO ACABOU
Com: grupo Bando de Teatro Olodum
Direção: Márcio Meirelles e Chica Carelli
Onde: teatro Vila Velha (av. Sete de Setembro, s/nº, tel. 0/xx/71/3361-1384)
Quando: estréia amanhã, às 21h; sex. a dom., às 21h
Quanto: R$ 12
Grupo teatro da Bahia põe a periferia no palco
VALMIR SANTOSda Folha de S.Paulo
O grupo Bando de Teatro Olodum, de Salvador, acrescenta novo projeto aos 12 anos de história em que o palco jamais foi dissociado das questões sociais contemporâneas (discriminação racial, fome, violência urbana etc.).
"Relatos de uma Guerra que Não Acabou" estréia amanhã no teatro Vila Velha. Resulta de pesquisas cênica e dramatúrgica feitas em seis bairros da periferia.
Com direção de Márcio Meirelles e Chica Carelli, quer retratar o cotidiano de violência na sociedade brasileira a partir da vivência do elenco com a população dos subúrbios da capital baiana.
No ano passado, quando o Bando de Teatro Olodum estreava a montagem de "Material Fatzer", inspirada em "O Declínio do Egoísta Johann Fatzer", de Brecht, eclodiu uma greve geral das polícias Civil e Militar da Bahia, instaurando o caos em Salvador.
Aquele episódio motivou o grupo a reestreitar sua relação com os bairros mais afastados. As comunidades já assistiam aos espetáculos do Olodum, mas agora despontam como protagonistas da cena, avalia Meirelles. Dezessete jovens dos bairros contracenam com os 12 atores do grupo.
Entre os relatos, estão o de um menino que vende amendoim, colhe agressões na rua e em casa e as reproduz com comportamento violento; um aluno que leva um tiro na escola por não usar crachá e a degradação de uma família causada pelo alcoolismo.
Ao contrário das outras montagens do grupo, "Relatos..." não inclui trilha sonora. As coreografias, assinadas por Zebrinha, serão realizadas em silêncio.
O Bando de Teatro Olodum ocupa o teatro Vila Velha desde 94, espaço mantido pela Sociedade Teatro dos Novos, que agrega outras companhias, como Simples Rap'Ortagem, Vila Vox e Teatro dos Novos.
RELATOS DE UMA GUERRA QUE NÃO ACABOU
Com: grupo Bando de Teatro Olodum
Direção: Márcio Meirelles e Chica Carelli
Onde: teatro Vila Velha (av. Sete de Setembro, s/nº, tel. 0/xx/71/3361-1384)
Quando: estréia amanhã, às 21h; sex. a dom., às 21h
Quanto: R$ 12
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