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08/11/2002 - 03h47

Diretor de "Madame Satã" enxerga cinema como um ato político

da Folha de S.Paulo

Antes de ser cineasta, Karim Aïnouz se dedicou às artes plásticas. "Eu pintava, mas não era talentoso para aquilo. E achava completamente irrelevante politicamente: eu, trancado naquele lugar, pintando umas coisinhas."

Desde que sua inquietação coincidiu com leituras de Walter Benjamin e de outros teóricos da Escola de Frankfurt, Aïnouz não largou mais a idéia de que o cinema é um ato político.

Segue com ela, "mesmo que hoje seja meio antigo falar isso, já que o cinema não significa mais a mesma coisa que significava no meio do século 20".

Portanto não poderia deixar de ter uma motivação de natureza política a idéia que lhe ocorreu, há sete anos, de filmar a trajetória do lendário Madame Satã. "Ele representa tudo o que eu não via no Brasil -uma ação política, uma disposição de meter o pé na porta."

"A emergência do popular como vencedor, e não como alguém vitimizado, é muito recente em nosso país", diz.

Aïnouz considera a hipótese de que o público faça uma leitura do filme diversa da sua.

"Pode ser que "Madame Satã" seja visto como um filme sobre a família brasileira, porque ele traz o núcleo clássico da família brasileira -a mãe, o pai, a filha e a empregada-, embora no avesso do avesso", afirma.
 

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