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10/11/2002
-
10h23
free-lance para a Folha
Na última terça-feira, foi exibido nos Estados Unidos o capítulo final da novela "Vale Todo", remake em espanhol de "Vale Tudo", trama de Gilberto Braga (88/89), produzida pela Rede Globo em parceria com a emissora americana Telemundo. Ambientada no Rio de Janeiro, e com o elenco formado por atores hispânicos, a regravação acabou tendo sua duração reduzida em um terço.
"Eles esperavam um estouro, mas, apesar de estar entre as cinco novelas mais assistidas da emissora, ela não foi", diz Walter Negrão, que supervisionou a adaptação do roteiro a partir do capítulo 30.
Para Negrão, deveriam ter escolhido outra novela que não possuísse um caráter tão brasileiro como "Vale Tudo". "Além disso, uma trama falada em espanhol que se passa no cenário do Rio causa um certo distanciamento. Se tivesse participado desde o início, iria ambientar a novela em Miami, mesmo que as gravações fossem aqui", diz ele.
Convocado para colocar mais ação na novela e tentar melhorar a audiência, Negrão distanciou-se do roteiro original e diminuiu a conotação política.
O diretor de parcerias estratégicas da TV Globo, Ricardo Scalamandré, afirma que, através de uma pesquisa qualitativa, foi constatado que o público latino não se identificou com a organização familiar da obra. "Eles não aprovaram os relacionamentos extraconjugais em que os casais continuam juntos", diz.
Outros temperos brasileiros da trama também não caíram bem entre os latinos dos EUA. A relação entre a vilã Maria de Fátima, e sua mãe submissa Raquel (interpretadas originalmente por Glória Pires e Regina Duarte), não foi bem aceita pelo público hispânico, que culturalmente coloca a figura da mãe numa posição quase intocável.
"A mãe é a virgem Maria, é como uma figura sagrada", diz a atriz mexicana Ana Cláudia Talacón, que interpretou a filha malvada Maria de Fátima na nova versão.
"Vale Todo" termina nos EUA antes do prazo
MARCELO BORTOLOTIfree-lance para a Folha
Na última terça-feira, foi exibido nos Estados Unidos o capítulo final da novela "Vale Todo", remake em espanhol de "Vale Tudo", trama de Gilberto Braga (88/89), produzida pela Rede Globo em parceria com a emissora americana Telemundo. Ambientada no Rio de Janeiro, e com o elenco formado por atores hispânicos, a regravação acabou tendo sua duração reduzida em um terço.
"Eles esperavam um estouro, mas, apesar de estar entre as cinco novelas mais assistidas da emissora, ela não foi", diz Walter Negrão, que supervisionou a adaptação do roteiro a partir do capítulo 30.
Para Negrão, deveriam ter escolhido outra novela que não possuísse um caráter tão brasileiro como "Vale Tudo". "Além disso, uma trama falada em espanhol que se passa no cenário do Rio causa um certo distanciamento. Se tivesse participado desde o início, iria ambientar a novela em Miami, mesmo que as gravações fossem aqui", diz ele.
Convocado para colocar mais ação na novela e tentar melhorar a audiência, Negrão distanciou-se do roteiro original e diminuiu a conotação política.
O diretor de parcerias estratégicas da TV Globo, Ricardo Scalamandré, afirma que, através de uma pesquisa qualitativa, foi constatado que o público latino não se identificou com a organização familiar da obra. "Eles não aprovaram os relacionamentos extraconjugais em que os casais continuam juntos", diz.
Outros temperos brasileiros da trama também não caíram bem entre os latinos dos EUA. A relação entre a vilã Maria de Fátima, e sua mãe submissa Raquel (interpretadas originalmente por Glória Pires e Regina Duarte), não foi bem aceita pelo público hispânico, que culturalmente coloca a figura da mãe numa posição quase intocável.
"A mãe é a virgem Maria, é como uma figura sagrada", diz a atriz mexicana Ana Cláudia Talacón, que interpretou a filha malvada Maria de Fátima na nova versão.
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