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07/08/2000 - 17h42

Rock neonazista já se incorporou à cultura pop alemã

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da Deutsche Welle

Diante da nova onda de violência xenófoba na Alemanha, as autoridades discutem formas de limitar a atividade dos neonazistas.

Proibir o partido de extrema-direita, impedir suas passeatas, controlar melhor a propaganda racista na Internet são apenas algumas das medidas cogitadas.

Há estudiosos, no entanto, que não acreditam que seja possível cortar o mal pela raiz através da proibição. Afinal, o extremismo de direita já está enraizado em parte da cultura jovem, sobretudo nos estados da antiga Alemanha Oriental.

De acordo com o jornalista Burkhard Schröder, os ícones do nazismo já podem ser considerados parte da cultura pop alemã.

Desde o início dos anos 90, o rock e a moda neonazistas já não se reduzem mais à subcultura, tendo virado um lucrativo ramo de negócios.

Em menos de dez anos, já foram lançados cerca de um milhão e meio de CDs de música neonazista: aproximadamente cem bandas, mais de 50 selos e 30 distribuidoras na Alemanha.

A revista "Rock-Nord", especializada em som neonazista, afirma ter uma tiragem de 17 mil exemplares. "Os nazis são pop e a música skinhead é cultura pop", comenta Burckhard Schröder.

Para ele, isso tem vantagens e desvantagens. Por um lado, as músicas vão se despolitizando através da comercialização; por outro, comentários racistas e xenófobos vão adquirindo o status de conversa de salão.

"Ali, o turco", "Quero mais é que corra sangue": basta ouvir os títulos das músicas, para imaginar o teor das letras. Inúmeras acessíveis na Internet: é só fazer o download.

Mas, ao contrário do que alerta o serviço secreto alemão, muitos estudiosos não acreditam que a Internet funcione necessariamente como porta de entrada e chamariz para a doutrinação neonazista.

Pelo visto, a própria música skinhead parece ser a atração, por evocar uma postura de oposição ao sistema. Se esta teoria estiver certa, a censura de produtos neonazistas poderá torná-los ainda mais atraentes.

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