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08/08/2000 - 03h04

Expressionistas ocupam o Paço Imperial do Rio

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CRISTIAN KLEIN, da Folha de S.Paulo

Kandinsky, Klee, Fritz Lang, Murnau. O maior evento sobre expressionismo alemão já feito no Brasil será inaugurado hoje, às 18h30, no Paço Imperial, no Rio de Janeiro.

A mostra "Expressionismo Alemão", com quadros avaliados em até R$ 4,5 milhões, será acompanhada por espetáculos de cinema, teatro, dança, música e por palestras. A exposição vai até 24 de setembro no Rio e, em 11 de outubro, chega ao Museu Lasar Segall e ao MAM, em São Paulo.

As peças alemãs, 189 ao todo, datam de 1894 a 1922 e estão divididas em dois módulos: 121 obras gráficas que vieram de Stuttgart e 68 pinturas e trabalhos sobre papel que saíram do Museu von der Heydt, da cidade de Wuppertal.

"No começo do século, Wuppertal foi uma importante cidade alemã, sobretudo por causa da indústria têxtil. Von der Heydt era um empresário que colecionou obras de expressionistas de toda a Alemanha", conta o diretor do Goethe Institut do Rio, Klaus Vetter, idealizador do evento.

Na mostra, estão artistas das duas principais correntes do expressionismo alemão: o grupo Die Brücke (A Ponte), fundado em 1905, e Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), de 1912.

"O primeiro tinha uma atitude mais violenta. A temática marginal encontrava correspondência na técnica utilizada, a xilogravura, que exige força para sulcar a madeira. Já o pessoal do Der Blaue Reiter trabalhou, sobretudo, com a pintura, um suporte mais dócil. Eles seguiam a tradição dos pós-impressionistas, dos fauves, e davam um tratamento sofisticado à cor", explica o crítico Tadeu Chiarelli, curador do MAM de São Paulo e do módulo Lívio Abramo da exposição.

Die Brücke era liderado por Ernst Ludwig Kirchner e contava ainda com Emil Nolde, Erich Heckel e Karl Schmidt-Rottluf. À frente do Der Blaue Reiter, estavam Kandinsky e Franz Marc, autor do quadro mais valioso da mostra, "Raposa Negra-Azulada", de 1911. "Podemos avaliá-lo em US$ 2,5 milhões (aproximadamente R$ 4,5 milhões), comparando-o a outros quadros semelhantes de Franz Marc", diz Andreas Iglhaut, restaurador e museólogo do Museu von der Heydt.

O segundo quadro mais caro é de Alexej von Jawslensky, também do grupo Der Blaue Reiter, estimado em R$ 2,7 milhões.

No conjunto de obras vindas do Instituto de Relações Culturais com o Exterior de Stuttgart, aparecem outros notáveis do expressionismo alemão, entre eles Paul Klee, Kokoshka e George Grosz, todos com peças gráficas.

"Durante o expressionismo alemão, pela primeira vez na história, a gravura influenciou a pintura. Isso remonta à sua origem, quando era utilizada para reproduzir a pintura. Com o expressionismo, revive e mostra o quanto é autônoma", diz Chiarelli.

Exposição: Expressionismo Alemão
Onde: Paço Imperial (pça. 15 de Novembro, 48, região central, Rio de Janeiro, tel. 0/xx/21/533-4407)
Quando: de terça a domingo, das 12h às 18h30. Até 24 de setembro
Quanto: R$ 5 e R$ 3 (estudantes); grátis às terças-feiras

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