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08/08/2000 - 03h08

Gravuristas brasileiros são destaque dentro do evento expressionista

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da Folha de S.Paulo

A trinca de mestres brasileiros da gravura recebeu um destaque dentro do evento. Eles estão em salas separadas, com 30 obras de cada um, na mostra "Matrizes do Expressionismo no Brasil: Lasar Segall, Lívio Abramo e Oswaldo Goeldi".

Embora os três tenham sido influenciados pelo expressionismo alemão, o crítico Tadeu Chiarelli aponta para a inexistência de um "expressionismo brasileiro".

"Aqui no Brasil, o expressionismo não se constituiu em movimento, com plataformas definidas. O que tivemos foram artistas que, em algum momento da carreira, sofreram o impacto do expressionismo alemão,
sobretudo do grupo Die Brücke", afirma.

Para o curador, "Goeldi talvez tenha sido o único expressionista brasileiro por excelência".

"Já Segall veio da Europa, surgiu no ambiente alemão, mas se depurou com
o passar do tempo e se afastou da experiência visceral do início da carreira", diz. O comunista Lívio Abramo, afirma Chiarelli, enveredou pelo viés ideológico do realismo expressionista, corrente alemã difusa, que não chegou a se reunir em um grupo, retratando as condições de vida de operários e camponeses. "Ele sofreu grande impacto da alemã Kathe Kollwitz, que expôs no Brasil na época. Mas, a rigor, não foi um expressionista."

Entre outros brasileiros influenciados, Tadeu Chiarelli aponta Anita Malfatti, Portinari e Di Cavalcanti. "O expressionismo alemão teve a mesma importância do cubismo para o modernismo brasileiro", afirma.

Chiarelli ressalta, no entanto, o pequeno impacto desses movimentos de vanguarda européia no Brasil. "Nosso modernismo começa oficialmente em 1922, quando a única vanguarda européia que ainda está para surgir é o surrealismo. Nesse momento, o clima já é de retorno à ordem, para os valores mais eternos da arte, e não de rupturas", afirma.
(CK)

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