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23/11/2002 - 04h31

Leia repercussão sobre a morte do escultor Amilcar de Castro

da Folha de S.Paulo

  • LYGIA PAPE, artista plástica - "Amilcar de Castro, assim como eu, fez parte do grupo neoconcreto. Eu me sinto muito triste, porque ele era um grande artista. É uma perda enorme para o Brasil, porque ele era um inventor de formas."

  • DÉCIO PIGNATARI, poeta - "Quanto a seu trabalho nas artes plásticas, é claro que ele pertence à história brasileira, mas há o notável trabalho gráfico realizado na segunda metade dos anos 50 na revolução comandada pelo poeta Mário Faustino, no "Jornal do Brasil". A diagramação é histórica. Uma coisa notável com o uso do espaço em branco."

  • REYNALDO JARDIM, jornalista - "Fomos contemporâneos no "Jornal do Brasil". Fizemos toda a reforma do jornal, ele na parte gráfica, coordenados por Janio de Freitas. A reforma dividiu o jornalismo em antes e depois, toda a imprensa seguiu aquilo. Como artista, só há poucos anos fui entendê-lo. Ele sempre vinha com uma coisa bonita, mas pesada, enorme. Estava dominando o tempo, aquele peso todo era ultraleve."

  • FRANZ WEISSMANN, artista plástico - "Sinto uma profunda tristeza, pois ele foi um grande amigo meu. Nós até tiramos uma fotografia na última exposição dele aqui no Rio... Trabalhamos por muito tempo juntos, ele começou comigo, me procurou para estudar pintura. Participamos de muitas coisas juntos."

  • RONALDO BRITO, crítico de arte - "Amilcar era o grande artista brasileiro vivo, sem dúvida nenhuma. Apesar de estar com mais de 80 anos, sua linguagem estava aberta, em pleno regime de transformação. Ele não estava apenas refinando o que já tinha feito. O material ainda era o aço oxidado, mas a linguagem, as questões e a geometria mais maleável criavam uma expectativa sobre o que ele viria a produzir."

  • MARCELO ARAÚJO, diretor da Pinacoteca do Estado - "O Amilcar é uma figura referencial da arte brasileira do século 20, tanto pela qualidade da obra quanto por sua postura ética. A exposição que fez no fim do ano passado na Pinacoteca mostra uma obra com grande vitalidade. Uma produção recente, que evidenciava as qualidade de uma obra plenamente madura, mas ainda em ebulição. E ele sempre foi um artista muito pródigo na relação com as instituições. Neste ano, nos doou uma pintura e uma escultura. Mantinha uma postura simpática não só como artista mas também como pessoa."

  • NELSON AGUILAR, curador - "Tive um contato com ele quando estava preparando a Mostra dos 500 Anos. Fui até seu ateliê e ele já sabia exatamente o que faria. Realizou esculturas de aço, uma das coisas mais fortes de toda a exposição. Essa obra foi uma espécie de testamento. Acho que agora vai começar sua sobrevida."

  • IVO MESQUITA, ex-curador do MAM - "Ele foi um dos artistas mais consistentes, coerentes e éticos que já tivemos no Brasil. Sua obra é extensa e que ainda está aberta a muitas interpretações e leituras, mas, engajado como ele era, também é relevante considerar sua ascendência construtiva sobre tantos outros artistas."

  • ARACY AMARAL, crítica de arte - "É um grande vazio que ele deixa. Entre os neoconcretos, era um diferenciado. Assinou o manifesto neoconcreto, mas tinha uma expressividade dentro de sua obra que era muito impactante. É pai de toda uma geração de artistas mineiros que vai se sentir aliviada de uma luz que vinha dele, Minas deve estar se sentindo órfã, e o Brasil está mais pobre."

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