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27/11/2002
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04h14
free-lance para a Folha
O artista plástico chileno Roberto Matta, morto no último sábado, aos 91 anos, será um dos oito artistas homenageados na próxima edição da Bienal do Mercosul, que tem início no dia 4 de outubro de 2003, com o tema Arqueologia Contemporânea. "A escolha já havia sido realizada antes. Ele foi um dos mais importantes artistas do século 20 e agora, infelizmente, será homenageado de forma póstuma", disse Nelson Aguilar, curador do evento.
No último fim de semana, Aguilar reuniu-se, em Porto Alegre, cidade-sede do evento, com os nove curadores-adjuntos da Bienal. Foi durante a palestra do curador chileno Francisco Brugnoli que o grupo soube da morte de Matta. Nascido em Santiago do Chile, o artista aderiu em 1938 ao surrealismo por intermédio de Salvador Dali e se tornou um dos expoentes do movimento.
Cada país do Mercosul, além do México, o país-convidado, apresentará um artista, nacional ou que trabalhou no país, com uma retrospectiva no segmento Mostra Icônica. Os escolhidos foram: Antonio Berni (Argentina), Pierre Verger (Bolívia), o gaúcho Saint Clair Cemin (Brasil), o brasileiro Lívio Abramo (Paraguai), Gonzalo Fonseca (Uruguai) e José Clemente Orozco (México).
Já os artistas do segmento das Representações Nacionais serão escolhidos pelos curadores-adjuntos. "Nossa idéia é que cada país apresente apenas cerca de dez artistas. Queremos evitar o que vem ocorrendo nas bienais, que é apresentar muitos artistas", afirmou Aguilar. A bienal terá ainda uma mostra transversal, com curadoria de Alfons Hug, e outra sobre a Arqueologia das Terras Altas, sob a responsabilidade de Eduardo Neves.
Os curadores visitaram as instalações da próxima Bienal do Mercosul, que se caracteriza por não ter uma sede, ao contrário dos outros eventos do gênero. "Com a itinerância da bienal na cidade, temos descoberto espaços alternativos e por isso não precisamos de uma sede", disse o banqueiro Renato Malcon, presidente da Fundação Bienal do Mercosul.
Dessa vez, quatro armazéns abandonados, que ocupam uma área de 16 mil m2 no antigo cais do porto, serão reformados para a mostra. "Um deles deve ser transformado na sede do Museu de Arte Contemporânea de Porto Alegre após a bienal", disse Malcon.
Além dos galpões, as exposições irão ocupar o Museu de Arte e o Memorial do Rio Grande do Sul, a Usina do Gasômetro e o Santander Cultural, principal patrocinador da bienal.
Obras de Roberto Matta serão expostas na Bienal do Mercosul
FABIO CYPRIANOfree-lance para a Folha
O artista plástico chileno Roberto Matta, morto no último sábado, aos 91 anos, será um dos oito artistas homenageados na próxima edição da Bienal do Mercosul, que tem início no dia 4 de outubro de 2003, com o tema Arqueologia Contemporânea. "A escolha já havia sido realizada antes. Ele foi um dos mais importantes artistas do século 20 e agora, infelizmente, será homenageado de forma póstuma", disse Nelson Aguilar, curador do evento.
No último fim de semana, Aguilar reuniu-se, em Porto Alegre, cidade-sede do evento, com os nove curadores-adjuntos da Bienal. Foi durante a palestra do curador chileno Francisco Brugnoli que o grupo soube da morte de Matta. Nascido em Santiago do Chile, o artista aderiu em 1938 ao surrealismo por intermédio de Salvador Dali e se tornou um dos expoentes do movimento.
Cada país do Mercosul, além do México, o país-convidado, apresentará um artista, nacional ou que trabalhou no país, com uma retrospectiva no segmento Mostra Icônica. Os escolhidos foram: Antonio Berni (Argentina), Pierre Verger (Bolívia), o gaúcho Saint Clair Cemin (Brasil), o brasileiro Lívio Abramo (Paraguai), Gonzalo Fonseca (Uruguai) e José Clemente Orozco (México).
Já os artistas do segmento das Representações Nacionais serão escolhidos pelos curadores-adjuntos. "Nossa idéia é que cada país apresente apenas cerca de dez artistas. Queremos evitar o que vem ocorrendo nas bienais, que é apresentar muitos artistas", afirmou Aguilar. A bienal terá ainda uma mostra transversal, com curadoria de Alfons Hug, e outra sobre a Arqueologia das Terras Altas, sob a responsabilidade de Eduardo Neves.
Os curadores visitaram as instalações da próxima Bienal do Mercosul, que se caracteriza por não ter uma sede, ao contrário dos outros eventos do gênero. "Com a itinerância da bienal na cidade, temos descoberto espaços alternativos e por isso não precisamos de uma sede", disse o banqueiro Renato Malcon, presidente da Fundação Bienal do Mercosul.
Dessa vez, quatro armazéns abandonados, que ocupam uma área de 16 mil m2 no antigo cais do porto, serão reformados para a mostra. "Um deles deve ser transformado na sede do Museu de Arte Contemporânea de Porto Alegre após a bienal", disse Malcon.
Além dos galpões, as exposições irão ocupar o Museu de Arte e o Memorial do Rio Grande do Sul, a Usina do Gasômetro e o Santander Cultural, principal patrocinador da bienal.
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