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07/12/2002
-
07h57
da Folha de S.Paulo
As editoras brasileiras estão abrindo os olhos, enfim, para as ótimas e esquecidas letras que vivem do lado de lá do planeta. Em movimento que atinge o ápice no ano que vem, as prateleiras nacionais recebem o que há de melhor na literatura japonesa dos últimos cem anos.
A Estação Liberdade acaba de contratar toda a obra de Yasunari Kawabata, o Nobel de 1968. A Companhia das Letras, por sua vez, vem com o outro vencedor japonês do prêmio sueco (em 1994), um título do poeta contemporâneo Kenzaburo Oe.
No cardápio de Estação Liberdade e Companhia ainda entram em 2003 os grandes Yukio Mishima, Junichiro Tanizaki e o pop Harumi Murakami (que também tem título no prelo da Objetiva). "Foi o sucesso de "Musashi" que detonou este boom japonês", diz Jo Takahashi, diretor da Fundação Japão. O romance, lançado em 2000, já vendeu 60 mil exemplares aqui.
FORA DA ESTANTE
A história por trás de "A Confederacy of Dunces" é ótima e esquisita como o próprio romance. John Kennedy Toole o escreveu no início dos anos 60. Tentou e tentou publicá-lo; nada. Se matou em 69, aos 31. Sua mãe continuou a busca e conseguiu editá-lo em 1980. Um ano depois, Toole venceu postumamente o Prêmio Pulitzer. A saga do "perdedor" Ignatius J. Reilly virou hit mundial -não aqui.
POST SCRIPTUM
Uma trupe de 12 dos melhores jovens contistas nacionais, como André Sant'Anna e Marcelo Mirisola, chega às bancas de janeiro em uma nova publicação. "PS:SP", editada por Marcelino Freire e Nelson Oliveira, terá apenas um número. Trará, além de inéditos, a jovem geração clicada por J.R. Duran.
OPS!
Página da gigante editorial espanhola Alfaguara, que acaba de publicar 536 páginas de contos de Clarice Lispector, crava que a escritora, que tem seus 25 anos de morte completados na segunda, é ucraniana -onde ela passou poucos meses de vida.
CAPITAL
Um dos livros mais calientes do ensaísmo dos últimos anos, "Le Marxisme de Marx", último inédito do grande filósofo francês Raymond Aron (1905-83), já tem endereço no Brasil. O amplo estudo da formação do pensamento de Karl Marx foi arrebatado pela editora Arx.
GURU DO MÉIER
Definido o tema do próximo "Cadernos de Literatura Brasileira", do Instituto Moreira Salles: o polivalente Millôr Fernandes.
Editoras nacionais recebem o que há de melhor na literatura japonesa
CASSIANO ELEK MACHADOda Folha de S.Paulo
As editoras brasileiras estão abrindo os olhos, enfim, para as ótimas e esquecidas letras que vivem do lado de lá do planeta. Em movimento que atinge o ápice no ano que vem, as prateleiras nacionais recebem o que há de melhor na literatura japonesa dos últimos cem anos.
A Estação Liberdade acaba de contratar toda a obra de Yasunari Kawabata, o Nobel de 1968. A Companhia das Letras, por sua vez, vem com o outro vencedor japonês do prêmio sueco (em 1994), um título do poeta contemporâneo Kenzaburo Oe.
No cardápio de Estação Liberdade e Companhia ainda entram em 2003 os grandes Yukio Mishima, Junichiro Tanizaki e o pop Harumi Murakami (que também tem título no prelo da Objetiva). "Foi o sucesso de "Musashi" que detonou este boom japonês", diz Jo Takahashi, diretor da Fundação Japão. O romance, lançado em 2000, já vendeu 60 mil exemplares aqui.
FORA DA ESTANTE
A história por trás de "A Confederacy of Dunces" é ótima e esquisita como o próprio romance. John Kennedy Toole o escreveu no início dos anos 60. Tentou e tentou publicá-lo; nada. Se matou em 69, aos 31. Sua mãe continuou a busca e conseguiu editá-lo em 1980. Um ano depois, Toole venceu postumamente o Prêmio Pulitzer. A saga do "perdedor" Ignatius J. Reilly virou hit mundial -não aqui.
POST SCRIPTUM
Uma trupe de 12 dos melhores jovens contistas nacionais, como André Sant'Anna e Marcelo Mirisola, chega às bancas de janeiro em uma nova publicação. "PS:SP", editada por Marcelino Freire e Nelson Oliveira, terá apenas um número. Trará, além de inéditos, a jovem geração clicada por J.R. Duran.
OPS!
Página da gigante editorial espanhola Alfaguara, que acaba de publicar 536 páginas de contos de Clarice Lispector, crava que a escritora, que tem seus 25 anos de morte completados na segunda, é ucraniana -onde ela passou poucos meses de vida.
CAPITAL
Um dos livros mais calientes do ensaísmo dos últimos anos, "Le Marxisme de Marx", último inédito do grande filósofo francês Raymond Aron (1905-83), já tem endereço no Brasil. O amplo estudo da formação do pensamento de Karl Marx foi arrebatado pela editora Arx.
GURU DO MÉIER
Definido o tema do próximo "Cadernos de Literatura Brasileira", do Instituto Moreira Salles: o polivalente Millôr Fernandes.
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