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09/12/2002
-
05h07
free-lance para a Folha
Terror da maioria das mulheres, a ponto de ser capaz de estremecer o mais sólido dos casamentos, a mesa-redonda de futebol, clássico dos domingos, é a prova incontestável de que a histeria do macho sempre é superior à da fêmea. Em reta final de campeonato brasileiro, então, o ambiente é para lá de TPM.
E ninguém bate, no gênero que reproduz o simpósio de boteco, o mais bem-sucedido desses programas há anos: o "Mesa Redonda Futebol Debate" (TV Gazeta, 22h), cujo timoneiro é o palmeirense Roberto Avallone, auxiliado pelo corintiano Chico Lang, um dos primeiros no jornalismo esportivo a assumir a sua torcida.
A falta de ordem e o ritmo de feira livre mantêm a atração de Avallone à moda antiga, do jeito que foi transferida do rádio para a TV. Testosterona em estado bruto. É injusto, como costuma ocorrer, desprezar a qualidade da reportagem do programa. À sua maneira, o programa sempre deu seus ""furos" na concorrência.
Juca Kfouri, no seu "Bola na Rede" (Rede TV!, 20h20), também assume o seu preto no branco, corintianíssimo. O seu debate, no entanto, sempre esteve mais preocupado em fiscalizar as mazelas dos cartolas. A celebração, coisa tão da alma do torcedor, é normalmente bola para o mato.
Quando tinha a companhia de Jorge Kajuru, a carência era suprida, sem perder o ataque e a denúncia. O doutor Sócrates, que participa do programa, tem se saído muito melhor na prosa da sua coluna na ""Carta Capital".
Milton Neves -um santista passional- levou para a Record o seu ""Terceiro Tempo" (20h45), programa de fama no rádio paulistano. Faz a linha torcedor cricri. Um pecado capital, para o telespectador e não para o bolso dele, é a feira do merchandising. Haja caixa de ferramenta.
Mas o poder de barganha de Neves tem conseguido levar convidados mais interessantes que a concorrência, com craques e técnicos que foram os personagens principais da domingueira.
O domingo da TV aberta sente a falta de José Trajano (ESPN Brasil), fidalgo cavalheiro. Soninha, do mesmo canal, quebraria o preconceito de que mulher não conhece as regras do impedimento.
Histeria do macho faz show em programas de TV
XICO SÁfree-lance para a Folha
Terror da maioria das mulheres, a ponto de ser capaz de estremecer o mais sólido dos casamentos, a mesa-redonda de futebol, clássico dos domingos, é a prova incontestável de que a histeria do macho sempre é superior à da fêmea. Em reta final de campeonato brasileiro, então, o ambiente é para lá de TPM.
E ninguém bate, no gênero que reproduz o simpósio de boteco, o mais bem-sucedido desses programas há anos: o "Mesa Redonda Futebol Debate" (TV Gazeta, 22h), cujo timoneiro é o palmeirense Roberto Avallone, auxiliado pelo corintiano Chico Lang, um dos primeiros no jornalismo esportivo a assumir a sua torcida.
A falta de ordem e o ritmo de feira livre mantêm a atração de Avallone à moda antiga, do jeito que foi transferida do rádio para a TV. Testosterona em estado bruto. É injusto, como costuma ocorrer, desprezar a qualidade da reportagem do programa. À sua maneira, o programa sempre deu seus ""furos" na concorrência.
Juca Kfouri, no seu "Bola na Rede" (Rede TV!, 20h20), também assume o seu preto no branco, corintianíssimo. O seu debate, no entanto, sempre esteve mais preocupado em fiscalizar as mazelas dos cartolas. A celebração, coisa tão da alma do torcedor, é normalmente bola para o mato.
Quando tinha a companhia de Jorge Kajuru, a carência era suprida, sem perder o ataque e a denúncia. O doutor Sócrates, que participa do programa, tem se saído muito melhor na prosa da sua coluna na ""Carta Capital".
Milton Neves -um santista passional- levou para a Record o seu ""Terceiro Tempo" (20h45), programa de fama no rádio paulistano. Faz a linha torcedor cricri. Um pecado capital, para o telespectador e não para o bolso dele, é a feira do merchandising. Haja caixa de ferramenta.
Mas o poder de barganha de Neves tem conseguido levar convidados mais interessantes que a concorrência, com craques e técnicos que foram os personagens principais da domingueira.
O domingo da TV aberta sente a falta de José Trajano (ESPN Brasil), fidalgo cavalheiro. Soninha, do mesmo canal, quebraria o preconceito de que mulher não conhece as regras do impedimento.
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