Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/12/2002 - 13h54

Veja os dez CDs essenciais de 2002 segundo o Folhateen

da Folha de S. Paulo

Songs for the Deaf
ArtistaQueens of the Stone Age
"Eu preciso de uma saga", diz o locutor na primeira vinheta. Então uni-vos, órfãos da porradeira. Essas visões do pesadelo americano contam com a "mãozinha" de Dave Grohl na bateria, que dá o peso para uma leva de guitarras abrasivas, capazes de queimar os adoradores do nu-metal. Barulho e melodia na medida certa para não decepcionar nem metaleiros nem quem gosta só de rock, puro e duro.

Coleção Nacional
Artista: Instituto
Filho dos produtores Rica Amabis, Tejo, Ganja Man e Rodrigo Silveira, "Coleção Nacional" é um disco híbrido, cheio de colaborações especiais, que vão de Otto aos rappers Rappin'Hood e Sabotage, ambos flertando com o samba eletrônico. Dubs e levadas que devem muito ao pós-rock do Tortoise completam essa exploração radical das possibilidades da música brasileira.

Yankee Hotel Foxtrot
Artista: Wilco
Juntando uma sensibilidade para entender tanto a música folclórica americana quanto as modernidades estilísticas do Radiohead, o Wilco se aliou ao produtor Jim O'Rourke (hoje no Sonic Youth) para criar uma obra-prima. "Yankee Hotel Foxtrot" consegue a difícil tarefa de combinar melancolia em estado bruto ("I Am Trying to Break Your Heart") com pop divertido ("Heavy Metal Drummer").

Nada Como um Dia Após o Outro Dia
Artista: Racionais MC's
Um disco duplo, com 21 canções, está sujeito a instabilidades. O que não impede os Racionais de manter o posto de melhor banda nacional, e sua música, de acertar na veia da verdade. As crônicas quase-cinema ("A Vítima", "Crime Vai e Vem") ficam ainda mais lúcidas com as bases de dar aperto na garganta. E ainda há a emocionante "Jesus Chorou". Isso é arte popular.

The Private Press
Artista: DJ Shadow
Seis anos depois do elogiado "Endtroducing...", Shadow confirma o título de mestre dos samplers, dos climas e das colagens com o novo disco. O DJ faz mágica com a mistura de hip hop, soul e eletrôni- ca. Entorpece, encanta e emociona com músicas nas quais nada é puro -cada segundo foi composto com extratos de sons alterados e encaixados em um gigantesco quebra-cabeças musical.

Nação Zumbi
Artista: Nação Zumbi
Depois da morte de Chico Science, muita gente pensou que a Nação Zumbi não conseguiria repetir o impacto de "Da Lama ao Caos" e "Afrociberdelia". Em seu quinto disco, a Nação prova que nunca esteve tão criativa e combativa. Flerta com o jazz, afia a percussão e mostra que o seu maracatu pesa mesmo uma tonelada. Enquanto isso, expande as paisagens sonoras com dubs inspirados.

O Palhaço do Circo sem Futuro
Artista: Cordel do Fogo Encantado
Quem viu o Cordel ao vivo sabe que a banda encena um verdadeiro ritual dionisíaco e que Lirinha se entrega à poesia como um Jim Morrison agreste. Em disco, o mesmo fogo arde. Guiada por um violão virtuoso, brasileiro em sua essência, a percussão molda as letras-poemas do grupo à perfeição, agindo tanto como muralha, quanto como gatilho lírico.

Evil Heat
Artista: Primal Scream
Depois de sua fase guerrilheira, o grupo escocês explora seu lado sexy sem largar mão da violência típica de suas canções. "Evil Heat" é rock, punk e eletrônico. Aplica ao ouvinte sessões de eletrochoque, mimos esquizofrênicos, fofices e efeitos profundos. E tem as participações de Jim Reid (ex-Jesus & Mary Chain), Robert Plant, do Led Zeppelin, e da modelo Kate Moss. Um escândalo.

Antigamente Quilombos Hoje Periferia
Artista: Z'África Brasil
Com poesia militante e sem dispensar a herança musical afro-brasileira, o quinteto da periferia sul paulistana mistura tambores, samplers, berimbaus e o beatbox de Fernandinho numa produção sofisticada e inovadora. Da força de "A Cor que Falta na Bandeira Brasileira" à leveza festiva de "Mano Chega Aí", sem se perder no ritmo nem na mensagem.

Murray Street
Artista: Sonic Youth
Lá se vão quase 20 anos desde que o Sonic Youth lançou seu primeiro álbum, ainda influenciado pela "no wave". Em 2002, esses jovens senhores mostram que continuam sendo os papas da barulheira. Virando quinteto, a banda deixou seus guitarristas ainda mais livres para explorar ruídos e dissonâncias, como na sensorial "Karen Revisited". O tempo fez bem a esses adultos radicais.

Vote agora nos melhores CDs nacionais e internacionais de 2002
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página