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16/12/2002 - 14h10

2002 foi um ano fértil para as bandas independentes do Brasil

RICARDO TIBIU
free-lance para a Folha de S. Paulo

No que depender da cena brazuca, você pode bradar a plenos pulmões: "Independência ou morte". E o calendário ativo de shows e festivais indie, assim como os lançamentos que afloraram em todo o território nacional, refletem essa vitalidade.

Não dá para esquecer a participação do paraense Cravo Carbono e dos mineiros Valv, pexbaA e Radar Tantã no South by Southwest, badalado festival que aconteceu no Texas (EUA) no mês de maio.

Lançamentos para todos os gostos, do grindcore sarcástico do Mukeka di Rato, de Vila Velha (ES), ao psycho-rock-horror do Zumbis do Espaço (SP), passando pelo rock de garagem barulhento dos gaúchos do Walverdes. Em junho, a coluna "Demorou" passou a ter destaque e estreou o espaço com os punks melódicos do Blind Pigs. O rap também deu seu recado. Além do excelente "Nada Como um Dia Após o Outro Dia", dos manos do Racionais MC's, o Rio de Janeiro apresentou o brother De Leve e seu hip hop debochado.

O selo paulista Highlight trouxe o emocore californiano do Samiam e lançou "Mono" da banda [mono], revelação do rock capixaba.

Festivais não faltaram. Em Goiás, a Monstro Discos deu um banho de organização com eventos de alto nível, como o Bananada, em maio, com 27 bandas se revezando em dois palcos, o Go Rock, em julho, e, em setembro, o Goiânia New Underground. Em novembro, teve o Goiânia Noise Festival.

Uma enxurrada de festivais inundou o país: Porão do Rock (Brasília), Abril Pro Rock (Recife), Dia D (Vitória) e Star Guitar (São Paulo), este com direito a Thee Butchers' Orchestra, que, com seu rock sujo, deixa o Strokes no chinelo.

No começo deste mês, aconteceu, no Sesc Pompéia, em São Paulo, a segunda edição do festival Upload, que reuniu 15 bandas, entre as quais o hard-rock-punk do Forgotten Boys (SP) e os gaúchos do Cachorro Grande (RS), que recém-lançaram seu primeiro e homônimo CD, carregado de rock britânico (leia-se The Who e Stones). Retrospectivas costumam soar saudosistas, mas é inevitável apontar que 2002 foi um ano indie fértil.

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