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16/12/2002 - 14h19

Veja dez CDs imperdíveis que não foram lançados no Brasil

da Folha de S. Paulo

Yoshimi Battles The Pink Robots
Artista: The Flamming Lips
Quem conhece a trajetória de quase 20 anos da banda, marcada pelo brilhantismo e pela esquisitice, sabia que, em algum ponto, ela seria revelada ao mundo como nova referência. Não deu outra: seu décimo CD é um dos mais estourados do ano. É ouvir e se apaixonar pelo trio de punks regados a LSD, tão afeitos a melodias sutis quanto a distorções psicodélicas.

Everyone Who Pretended to Like me Is Gone
Artista: The Walkmen
Uma tristeza épica atravessa cada canção da estréia dos sobreviventes do Jonathan Fire Eater. O vocalista desesperado (esqueça o Coldplay e pense em Joy Division) e as belíssimas composições (pense em quantas vezes chegou a se emocionar com uma... bateria) garantem a esse CD o adjetivo "inesquecível". Se estivesse vivo, Renato Russo iria adorar.

()
Artista: Sigur Rós
Depois do deslumbrante "Ágaetis Byrjun", de 99, o novo disco dos islandeses era aguardado com muita expectativa. E a única decepção de "()" é não ter ainda uma edição nacional. Formalmente mais radical (a banda não nomeia nenhuma das faixas), "()" preserva a dinâmica do anterior, com guitarras transitando entre o ruído e a melodia e com aquele canto lamuriante que gela a espinha.

Original Pirate Material
Artista: The Streets
Uma coleção diabólica de discos e um jeito especial de contar histórias de rua foi o que Mike Skinner precisou para produzir um dos discos de hip hop do ano. Moleque de 19 anos, branco, vivendo em Londres não são características comuns no mundo rapper. Por isso, esse "Material Pirata Original" virou uma alternativa, bem-humorada e com mais jogo de cintura, à cara feia do Eminem.

Insignificance
Artista: Jim O'Rourke
Jim O'Rourke não pára. Integra o Sonic Youth, produz gente como Wilco e ainda arranja tempo para realizar diversos projetos solo. Lançado no finalzinho de 2001, "Insignificance" tem cara de 2002 e traz sete canções, às quais O'Rourke impõe a sua voz pequena, mas marcante. Na maioria, são rocks selvagens que bebem no folk e abusam de letras misóginas, como a irônica "Get a Room".

Genetic World
Artista: Télépopmusik
Cria de três produtores franceses, "Genetic World" tem o DNA de um mutante. Começa delicado, com alusões ao trip hop e ao acid jazz, e vai ficando encorpado até cair em um hip hop rasgado. Muito do sabor do disco vem das participa ções de artistas convidados, que vão do Peaches com Chilly Gonzales aos vocalistas Angela McCluskey, do Wild Colonials, e Soda Pop, do Dirty Beatniks.

A Little Deeper
Artista: Ms. Dynamite
Ela tem apenas 21 anos e foi a primeira negra a vencer o Mercury, o mais importante prêmio musical da Inglaterra. Estreou com um belo álbum de soul moderna no qual não se sente a enjoada melosidade do R&B americano. Consumidora voraz de reggae, hip hop e drum'n'bass desde os 12 anos, essa bomba humana é a mais forte candidata à vaga deixada por Lauryn Hill no Olimpo black.

Up the Bracket
Artista: Libertines
Na onda de reprocessamento do rock dos 60 e 70 e 80 e 90, o Libertines é absurdamente o Clash. A raiva e a levada punk pop são as mesmas, a voz é parecida, e o ótimo "Up the Bracket" tem na produção o dedo do senhor Mick Jones, ex-guitarrista do... Clash. Resposta inglesa aos Strokes, o Libertines é talvez a ausência mais sentida das seções de discos recém-lançados das lojas brasileiras.

Zoomer
Artista: Schneider TM
Os Smiths foram para a cama com o Kraftwerk, e o resultado é esse híbrido berlinense, capaz tanto de quebradeiras para remoer neurônios como de acariciá-los com hits prontos ("Frogtoise" e "Reality Check", na qual mistura violões e... vocoders). "Nada se perde" deve ser seu lema. Não está neste disco, mas seu electrocover de "There's a Light that Never Goes Out", dos Smiths, é item para colecionadores.

In Search of...
Artista: N.E.R.D.
O trio que responde pela sigla de No One Ever Really Dies é formado pelo The Neptunes, duo de produtores (Pharrell Williams e Chad Hugo) quentes do rap americano, e pelo MC Shay. Depois de produzir de Jay-Z e Busta Rhymes a N'Sync, o trio fez seu próprio CD, para o qual reservou a ousada mistura do que faz melhor: batidas cadenciadas e pesadas, vocais sensuais, breakbeat e soul na medida certa.

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