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10/02/2003 - 04h20

Após "Cidade de Deus", grupo filma "outro lado" da favela

LAURA MATTOS
da Folha de S.Paulo

O filme de Meirelles estava estreando no Brasil quando um grupo de jovens de "Cidade de Deus" começava a se reunir na favela para aprender a fazer cinema.

As 25 pessoas inscritas no projeto social CineManeiro (da cooperativa de cineastas Fora do Eixo) começaram a aprender a manusear uma câmera enquanto se envolviam na polêmica que o longa causou no local onde vivem.

Na primeira produção dos alunos, não houve dúvida: "Decidimos filmar o lado bom de Cidade de Deus, que não aparece no filme de Meirelles", diz Sérgio Telles, 26, que participou do curso.

"Realidade Ignorada", um curta caseiro, mistura de ficção com documentário, foi exibido no Festival Internacional de Curtas-Metragens de SP, em 2002. Na história, um rapaz rouba um quadro para trocar por drogas. Mas vê, na rota da boca, um amigo que caiu para o lado "do mal" ser morto. Voltando para casa, é convidado por um colega "bem encaminhado" para um curso de cinema. E segue para lá, enquanto passa por projetos sociais do bairro.

Com o fim das aulas -agora na vida real- os alunos decidiram formar uma cooperativa, a Boca de Filmes. A sede é a casa da empregada doméstica Lídia Andrade, 42, mãe de membros do grupo, que decidiu aprender cinema.
Eles agora finalizam seu primeiro longa-metragem, "Fronteiras". Para mostrar "um lado muito chocante" de Cidade de Deus.

Especial
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