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10/02/2003 - 05h02

Negócios invadem mostra chinesa na Oca, em São Paulo

FABIO CYPRIANO
da Folha de S.Paulo

O binômio arte e negócios irá fazer com que a mostra "China: os Guerreiros de Xi'An e os Tesouros da Cidade Proibida" inaugure uma nova forma de relação entre arte e captação de recursos para a entidade BrasilConnects, que organiza a exposição.

Os patrocinadores não só terão seu nome vinculado à mostra, que será aberta no próximo dia 20, mas também usarão a Oca, sede do evento no parque Ibirapuera, como espaço para demonstração de produtos e encontros de negócio. Estão sendo convidados empresários e membros do governo e de agências de fomento chineses para encontros na Oca.

Será que arte e cultura se transformaram em trampolim para negócios? "Não", segundo João Carlos Veríssimo, diretor-executivo da BrasilConnects: "É a melhor produção cultural dos dois países, já que uma exposição sobre o Brasil, para o próximo ano, está sendo organizada na Cidade Proibida, em Pequim, e ao mesmo tempo uma discussão sobre investimentos vai acontecendo. E a Oca irá receber seis eventos paralelos, ligados à arte chinesa, além de manter a ação educativa".

A idéia surgiu, diz Veríssimo, durante a mostra "Brasil, Body & Soul", no Guggenheim. "No ano passado, quando o Fórum Econômico Mundial foi transferido de Davos para Nova York, oferecemos um jantar aos participantes do encontro, dentro da exposição, e foi um sucesso", diz o diretor.

"É difícil encontrar patrocínio e a equação de usar a cultura como suporte para negócios pode ser uma boa saída, o que já é feito em grandes museus do mundo", afirma Edemar Cid Ferreira, presidente da BrasilConnects.

Já a presença de empresas patrocinadoras dentro da Oca faz parte da nova estratégia de marketing da BrasilConnects.

"Não se consegue apoio de empresas sem agregar valor aos patrocinadores. Mas o marketing não vai interferir no perímetro da exposição", diz Marcelo Forlin Giannubilo, diretor de marketing da empresa.

E estava prevista para ontem a chegada das últimas peças. Além de 11 guerreiros e cinco cavalos em terracota e estátuas em tamanho natural do século 2 a.C., serão exibidas cerca de 400 peças da Cidade Proibida, em cenografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara.

Orçada em R$ 4 milhões, a exposição já tem metade do valor garantido em patrocínio. "Ainda esperamos que esse total suba. E, dentro dessa política, a mostra com o acervo da Tate Gallery, de Londres, em junho, já tem cerca de 80% do orçamento garantido", diz Giannubilo.
 

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