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12/02/2003
-
02h33
da Folha de S. Paulo, em Los Angeles
Com "Billy Elliot" (2002), sobre um garoto inglês que troca o boxe pelo balé, tendo uma famigerada greve de mineiros como pano de fundo, o então diretor teatral inglês Stephen Daldry estreava no cinema. A produção virou hit internacional nos moldes da comédia "Ou Tudo Ou Nada" e, para a surpresa de muitos, Daldry teve sua primeira indicação ao Oscar.
Com as portas abertas em Hollywood, foi eleito para comandar a adaptação de "As Horas", cultuado livro do americano Michael Cunningham. O filme, que estréia em março no Brasil, mostra como a obra da escritora inglesa Virginia Woolf (interpretada por Nicole Kidman, usando prótese no nariz) influencia duas mulheres em épocas distintas: uma enfadada dona-de-casa dos anos 50 (Julianne Moore) e uma editora de livros na Manhattan atual, vivida por Meryl Streep.
Folha - Qual sua relação com a obra de Virginia Woolf?
Stephen Daldry - Suponho que tenho Virginia no sangue. Cresci lendo seus livros. Só para você ter uma idéia, a casa dela no começo do filme é na verdade a casa onde moro em Londres. O diretor de locações alertou que podíamos usar minha casa, que é idêntica a de Virginia em Sussex. Se também tiver interesse, o apartamento onde Ed Harris mora em Nova York é meu novo apartamento na cidade. Filmes caseiros! [risos].
Folha - Como foi dirigir três das melhores atrizes de hoje e como descreveria o estilo de cada uma?
Daldry - É difícil compará-las, mas Meryl não é só essa incrível atriz, mas muito inteligente, atenta a todas as vírgulas do texto. Nicole é fantasticamente instintiva. Julianne, a mesma coisa.
Folha - Por falar em Nicole, por que decidiu escalá-la para o papel?
Daldry - Virginia é um ícone, e há certas regras para se interpretar uma pessoa assim na Inglaterra, que é chamar a mais respeitável das atrizes, que ainda se pareça fisicamente com a personagem. Queria uma sensação de perigo na minha Virginia. Queria deixar o espectador sem saber o que ela iria fazer na próxima cena. Vi tudo isso em Nicole. Ela não queria o papel, mas continuei insistindo.
Diretor Stephen Daldry diz ter Virginia Woolf no sangue
PAOULA ABOU-JAOUDEda Folha de S. Paulo, em Los Angeles
Com "Billy Elliot" (2002), sobre um garoto inglês que troca o boxe pelo balé, tendo uma famigerada greve de mineiros como pano de fundo, o então diretor teatral inglês Stephen Daldry estreava no cinema. A produção virou hit internacional nos moldes da comédia "Ou Tudo Ou Nada" e, para a surpresa de muitos, Daldry teve sua primeira indicação ao Oscar.
Com as portas abertas em Hollywood, foi eleito para comandar a adaptação de "As Horas", cultuado livro do americano Michael Cunningham. O filme, que estréia em março no Brasil, mostra como a obra da escritora inglesa Virginia Woolf (interpretada por Nicole Kidman, usando prótese no nariz) influencia duas mulheres em épocas distintas: uma enfadada dona-de-casa dos anos 50 (Julianne Moore) e uma editora de livros na Manhattan atual, vivida por Meryl Streep.
Folha - Qual sua relação com a obra de Virginia Woolf?
Stephen Daldry - Suponho que tenho Virginia no sangue. Cresci lendo seus livros. Só para você ter uma idéia, a casa dela no começo do filme é na verdade a casa onde moro em Londres. O diretor de locações alertou que podíamos usar minha casa, que é idêntica a de Virginia em Sussex. Se também tiver interesse, o apartamento onde Ed Harris mora em Nova York é meu novo apartamento na cidade. Filmes caseiros! [risos].
Folha - Como foi dirigir três das melhores atrizes de hoje e como descreveria o estilo de cada uma?
Daldry - É difícil compará-las, mas Meryl não é só essa incrível atriz, mas muito inteligente, atenta a todas as vírgulas do texto. Nicole é fantasticamente instintiva. Julianne, a mesma coisa.
Folha - Por falar em Nicole, por que decidiu escalá-la para o papel?
Daldry - Virginia é um ícone, e há certas regras para se interpretar uma pessoa assim na Inglaterra, que é chamar a mais respeitável das atrizes, que ainda se pareça fisicamente com a personagem. Queria uma sensação de perigo na minha Virginia. Queria deixar o espectador sem saber o que ela iria fazer na próxima cena. Vi tudo isso em Nicole. Ela não queria o papel, mas continuei insistindo.
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