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16/02/2003 - 07h37

Filho do revisor de Villa-Lobos faz trilhas para a TV

FERNANDA DANNEMANN
da Folha de S.Paulo

O que há em comum entre "Sob o Sol", música de abertura da novela "O Clone", de Glória Perez, e "A Saga dos Pampas", tema de "A Casa das Sete Mulheres"? Marcus Viana, 47, o compositor.

Braço direito do diretor Jayme Monjardim, com quem trabalha desde "Kananga do Japão" (89-90), na extinta TV Manchete, Viana se prepara para compor toda a trilha de "Olga", minissérie baseada na vida de Olga Benário.

Na música de abertura de "A Casa...", Viana gravou as 12 vozes masculinas de um coral e executou 20 instrumentos.

Ex-parceiro de Milton Nascimento, Beto Guedes e Lô Borges, Viana estreou na TV na saudosa "Que Rei Sou Eu?" (89), quando compôs o tema do herói vivido por Edson Celulari. Dali para um clipe no "Fantástico" foi um pulo.

"Como o que era bom para a Globo era ótimo para a falecida Manchete, fui chamado para um especial de uma hora na emissora dos Bloch", diz ele. Lá, conheceu Jayme Monjardim e compôs o famoso tango de "Kananga do Japão", que Daniela Perez (1970-1992) dançou com Raul Gazola. Em seguida, fez as trilhas incidentais e as aberturas de "Pantanal" (90), "Ana Raio e Zé Trovão" (91) e "Xica da Silva" (96-97).

De volta à Globo, Viana compôs músicas para "Chiquinha Gonzaga" (99) e "Terra Nostra" (99-00), entre outras.

Em "Aquarela do Brasil"(2000), a trilha foi de autoria de seu pai, o maestro Sebastião Viana, 87, que foi revisor das partituras de Heitor Villa-Lobos, na década de 40. "Nunca pensei que canções que compus nos anos 30 fossem parar na TV", diz o maestro.

Mas o maior desafio de Marcus Viana foi compor as mais de trezentas músicas de "O Clone". "Além das incidentais, fiz a readaptação dos temas para vários instrumentos e as muitas versões das mesmas músicas", explica.

Depois do sucesso de "El Clon", versão hispânica da novela nos EUA, Viana começou a vender "Maktub" -seu disco com a trilha incidental- e "Esperança" -com a trilha de "Terra Nostra"- nos países onde as tramas estão sendo veiculadas. "Gostaria de fazer cinema com o Monjardim, mas ele diz que, se o cinema muda um segmento, a novela muda um país", afirma o músico.



 

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