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20/02/2003 - 06h20

México importa geometria abstrata do Brasil

CASSIANO ELEK MACHADO
da Folha de S.Paulo

Terra pródiga em pintores figurativos, como Rivera, Frida Kahlo, Orozco e Siqueiros, o México atravessou o século 20 sem desenvolver uma tradição forte de arte abstrata. É nesse território que desembarca, a partir de hoje, uma caprichada coleção de quadrados, círculos e triângulos brasileiros.

O museu Rufino Tamayo, com sede na Cidade do México, inaugura esta noite a exposição "Cuasi Corpus: Arte Concreto y Neoconcreto de Brasil", com 57 trabalhos de expoentes das duas principais correntes de abstração geométrica tupiniquim.

A primeira grande mostra do gênero no país tem obras de duas das principais coleções construtivas brasileiras. O Museu de Arte Moderna de São Paulo cedeu 32 telas. Adolpho Leirner, emprestou outras 25 peças de seu acervo, já exposto, em grande estilo, no próprio MAM.

"O empréstimo de nossas obras faz parte de um projeto de internacionalização do museu. Temos cedido obras para mostras de Porto Rico à Alemanha, e existe o plano de levar nosso Panorama da Arte Brasileira para outros países", conta a curadora-executiva do MAM, Rejane Cintrão.

O projeto expansionista do museu brasileiro se encaixou no da instituição mexicana, que vem mapeando em diversas exposições o abstrato latino-americano.

"É um tema desconhecido no México. O modernismo aqui teve um caráter muito distinto. A apropriação das formas pré-hispânicas levou os artistas daqui a utilizar a narrativa e não a abstração geométrica", diz Willy Kautz, brasileiro radicado no México há 14 anos, e um dos curadores do museu Tamayo.

Espaço nobre do cenário artístico mexicano, a instituição criada em 1981 com o nome do pintor Rufino Tamayo (1899-1991) terá na mostra, até 1º de julho, trabalhos de 26 artistas. São obras feitas entre 1940 e 1960 de grandes expoentes da arte concreta (como Geraldo de Barros, Hércules Barsotti, o recém-falecido Sacilotto etc.) e neoconcreta (Oiticica, Lygia Clark, Franz Weissmann etc.).

CUASI CORPUS
Quando: de hoje a 1º de julho
Onde: museu Rufino Tamayo (www.museutamayo.org)
 

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